quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Amazônia tem aumento de 16% no desmatamento em relação a 2014

Equipes de fiscalização têm encontrado áreas abertas na mata com toras de madeira extraída ilegalmente da reserva (Foto: Fiscalização/Divulgação)
 
O Ministério do Meio Ambiente divulgou na tarde desta quinta-feira (26) os dados oficiais do desmatamento da Amazônia do sistemas Prodes, medidos entre agosto de 2014 e julho de 2015. Houve aumento de 16% na taxa de desmatamento em comparação ao ano anterior (crescimento de 5012 km² a 5831 km²), e os estados de Mato Grosso (40% de aumento), Amazonas (54%)  e Rondônia (41%) foram os que mais puxaram para cima esse aumento.
O Amazonas, que teve aumento de 54% na taxa de devastação anual, foi o estado que registrou maior aceleração. Segundo a ministra Izabella Teixeira, há ilegalidades acontecendo em determinadas regiões do estado e a pasta estuda a criação de novas unidades de conservação para conter as derrubadas. O Pará, que é o estado que mais desmata a Amazônia em números absolutos, teve seu índice estável em relação ao ano anterior, ainda que em um patamar alto.
Diferenças entre sistemas Existem diferentes sistemas de monitoramento do desmatamento da Amazônia. Todos eles são feitos por técnicos que observam imagens de satélite seguindo diferentes metodologias. O Prodes, divulgado nesta quinta, é o dado oficial anual, mais preciso. O Deter (Detecção de Desmatamento em Tempo Real) é produzido mensalmente pelo Inpe e, como é mais rápido, não se destina a medir áreas, mas detectar focos de derrubadas de floresta para que as autoridades sejam acionadas a tempo.
Cerrado desmatado
Na quarta-feira, foram divulgados pelo governo os dados do Terraclass Cerrado 2013, projeto destinado ao mapeamento do uso da terra e da cobertura vegetal desse outro bioma, também com dados coletados pelo Inpe. Os resultados revelam que 54,5% do cerrado mantém sua vegetação natural. As áreas de pastagens ocupam 29,5% do bioma, enquanto a agricultura anual representa 8,5% e as culturas perenes, 3,1%, totalizando 41,1% do uso da terra.

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