El Niño é um fenômeno de interação do oceano com a atmosfera caracterizado por um aquecimento acima do normal das águas do oceano Pacífico Equatorial. Com as águas mais quentes, ocorrem grandes mudanças nos padrões normais de vento e de pressão da circulação geral da atmosfera, que geram alteração no padrão climático de chuva e de temperatura em várias regiões do globo.
No Brasil, uma das principais interferências do El Niño é sobre a chuva no Sul e no Nordeste. Na Região Sul, o El Niño aumenta a chuva. No Nordeste, o El Niño diminui a já escassa chuva da Região.
Os gráficos vão ajudar você a entender as mudanças nos ventos e na pressão causadas pelo El Niño.
Numa situação normal, sem El Niño, com as águas do oceano Pacífico com temperatura dentro da normalidade, existe uma circulação natural sobre o Pacífico entre a costa da América do Sul e a região onde está a Indonésia.
As águas quentes ficam concentradas do lado da Indonésia. O ar quente e úmido que sai desta região se eleva gerando muitas nuvens de chuva. Em altitudes mais elevadas da atmosfera, o ar se esfria e desce seco sobre a região da costa do Peru. Em outras palavras, sem o El Niño, uma região de baixa pressão se forma na região da Indonésia e uma região de alta pressão atmosférica se forma na região do Peru. A baixa pressão produz muitas nuvens e chuva; a alta pressão reduz a nebulosidade e as condições para chuva.
A circulação de ar formada é chamada de Circulação de Walker.
Em anos de El Niño, a Circulação de Walker é modificada. O aquecimento acima do normal das águas do Pacífico força uma quebra em dois fluxos de ar.
Duas correntes de ar subsidente surgem: uma sobre a Indonésia e norte da Austrália e outra sobre o Nordeste do Brasil.
O ar subsidente (alta pressão atmosférica) inibe a formação de nuvens e a ocorrência de chuva.
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