sábado, 21 de novembro de 2015

Buraco na camada de ozônio na Antártida volta a crescer e é o quarto maior da história




 Buraco na camada de ozônio na Antártida volta a crescer
 
O buraco da camada de ozônio na Antártida alcançou o dobro do tamanho do continente sulista e é o quarto maior da história, informou a Agência Meteorológica do Japão (JMA) neste sábado.
O organismo japonês indicou que o buraco, que aparece todos os anos entre os meses de agosto e dezembro devido ao efeito dos clorofluorocarbonos (CFC) e de outros gases nocivos, chegou a 27,8 milhões de metros quadrados em 9 de outubro, segundo dados obtidos por satélites americanos.
A agência japonesa afirmou que é o quarto maior tamanho registrado desde que começaram as medições, em 1979, o mesmo tamanho constatado em 1998.
A JMA atribuiu a expansão, a maior para um mês de outubro, em parte às baixas temperaturas registradas na estratosfera sobre a Antártida, que agravaram o diminuição da camada de ozônio.
Um estudo elaborado ano passado por 300 cientistas e aprovado pela Organização Mundial da Meteorologia (OMM) e pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) concluiu que a destruição da camada de ozônio está diminuindo e que este escudo natural da Terra, que bloqueia os raios ultravioleta, pode se recuperar em meados de século.
A camada de ozônio é uma "capa" desse gás que envolve a Terra e a protege de vários tipos de radiação, sendo que a principal delas, a radiação ultravioleta, é a principal causadora de câncer de pele. No último século, devido ao desenvolvimento industrial, passaram a ser utilizados produtos que emitem clorofluorcarbono (CFC), um gás que ao atingir a camada de ozônio destrói as moléculas que a formam (O3), causando assim a destruição dessa camada da atmosfera. Sem essa camada, a incidência de raios ultravioletas nocivos à Terra fica sensivelmente maior.
Isto seria possível se as restrições aos produtos que a destroem, como os que contêm clorofluorocarbonos, continuarem a ser aplicadas.
O japonês Atsuya Kinoshita, do escritório de acompanhamento da camada de ozônio da agência japonesa, advertiu que, apesar da presença de gases nocivos estar diminuindo, as mudanças de temperatura permitem que se estendam amplamente, danificando a camada de ozônio, publicou a emissora pública "NHK".

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