sábado, 14 de novembro de 2015

Como os pinguins conseguem se manter aquecidos?

SPL
 
Pinguins-imperadores são alguns dos grandes batalhadores da natureza. Eles conseguem aguentar o frio do inverno da Antártica, quando as temperaturas podem ser inferiores a -20ºC.
Para não congelar até a morte, eles permanecem bem unidos em grupos, o que permite que conservem o calor e se abriguem de ventos intensos.
Mas parece que esses grupos praticamente compactos podem ser eficientes até demais na tarefa de manter os pinguins aquecidos.
BBC
Esses grupos de movimentam de forma constante. Normalmente, os pinguins que estão na borda externa do bolo acham um caminho para ir para o meio do agrupamento.
Esse comportamento é fácil de entender: os pinguins do lado externo têm que enfrentar o frio do vento antártico, sem a proteção dos outros.
Ao mesmo tempo, os pinguins que estão no centro do grupo ficam com calor e de vez em quando precisam sair para tomar um ar.
Mas os pinguins que tentam perder calor às vezes acabam separando todo o grupo, de acordo com uma pesquisa publicada na revista científica Animal Behaviour.
Dentro desses agrupamentos, os pinguins praticamente não perdem calor. O pouco que perdem é por meio de suas cabeças ou ao respirar o ar congelante.
Isso significa que, muitas vezes, eles acabam com temperaturas corporais de até 37,5ºC – muito mais alta do que a desejada.
“É um paradoxo: em um ambiente frio eles às vezes precisam dissipar calor excessivo”, diz o estudo.
Mas, ao analisar esses grupos de pinguins mais de perto, os cientistas descobriram que cada um muda constantemente, tanto como reação à temperatura exterior como aos “superaquecimento” dos pinguins.
“O crescimento e a desintegração constantes dos grupos funcionam como pulsações pelos quais os pássaros ganham, conservam e perdem calor”, escrevem.
Pesquisas anteriores consideravam os grupos como estruturas estáticas – o que agora sabe-se que não é verdade.
 “Pássaros que precisam de calor se juntam em grupos”, diz o autor principal do estudo, André Ancel, do Centro Nacional Francês para Pesquisa Científica, em Estrasburgo.
“Quando sua temperatura de superfície atinge valores positivos, eles desfazem o grupo. Do lado de fora, eles podem comer neve fresca e limpar suas penas. Quando sentem frio, se unem ao grupo novamente.”

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