As fontes renováveis serão as grandes responsáveis pelo aumento da capacidade energética global até 2020, segundo relatório da Agência Internacional de Energia (IEA) divulgado em outubro. Elas responderão por dois terços de todo o aumento previsto para esse período. O levantamento foi apresentado a ministros de energia dos países que compõem o G20 – como Brasil, Argentina, China, Japão, Estados Unidos e União Europeia.
A projeção é que, nos próximos cinco anos, as fontes renováveis acrescentem ao sistema 700 gigawatts (GW) – número que, segundo o órgão, equivale a mais que o dobro da atual capacidade energética do Japão. Vale ressaltar que mais da metade desse aumento não virá das hidrelétricas, mas de parques eólicos (que aproveitam a força dos ventos para gerar eletricidade), e de usinas fotovoltaicas (que usam a luz do sol).
Caso as estimativas da IEA se concretizem, dentro de cinco anos 26% da produção global de energia virá de fontes renováveis – quantidade suficiente para suprir a demanda atual de China, Índia e Brasil, somados. Dois anos atrás, esse percentual era de 22%.
De modo geral, os custos relacionados à geração de energia renovável registram queda em muitas partes do mundo.
Segundo a IEA, os países com economias emergentes ou em desenvolvimento responderão por dois terços da expansão de energia renovável no mundo. A China, sozinha, será responsável por cerca de 40% do incremento energético proveniente de fontes renováveis. Para tanto, demandará quase um terço dos novos investimentos do setor.
Energia e economia
O relatório também chama a atenção para o potencial da África subsaariana. Com excelentes fontes de vento, água e luz solar, os países da região podem encontrar nas fontes renováveis de energia uma aliada importante para o crescimento econômico. Isso requer, todavia, vontade política e um avanço no custo-efetividade da produção energética.
De modo geral, os custos relacionados à geração de energia renovável registram queda em muitas partes do mundo, diz a agência, citando como exemplos Brasil, Índia, África do Sul e EUA. Esse processo de barateamento se deve ao progresso tecnológico, assim como a melhores condições de financiamento e de distribuição de energia para novos mercados.
Contudo, o relatório também aponta alguns riscos que ameaçam o setor, como barreiras regulatórias, restrições da rede elétrica e problemas macroeconômicos. O documento ainda alerta os governantes para que eles reduzam as incertezas políticas que acabam funcionando como freios para um desenvolvimento mais amplo na área.
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