O país, a duas horas de voo da África do Sul (Copa 2010), possui paisagens de tirar o fôlego; desvenda uma riqueza de vida selvagem semelhante ao Quênia ou à própria África do Sul, onde a tensão racial parece um problema mais bem resolvido que nas nações vizinhas. Sua capital - Windhoek - orgulha-se de ser a mais limpa da África. Muitos namibianos consideram seu país como Primeiro Mundo. Lá não existe problemas de superpopulação, comum no continente. Em um território de 824.000 km quadrados (o equivalente a soma das áreas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo), vivem apenas 2 milhões de habitantes (igual a população de Curitiba). Isso diminui a pressão pela terra e favorece a proteção da natureza.
Há quem chame a Namíbia de "suiça da África". Se a presença até 1915 de colonizadores alemães deu uma pincelada européia nas casas litorâneas de Swakopmund, a Namíbia pouco se assemelha aos Alpes. O país é um deserto. As planícies áridas e as montanhas de areia são praticamente inférteis (só 1% do território é cultivável) Mas o que transforma essa área em um lugar inóspito é precisamente sua maior riqueza. As areias ocultam as maiores minas de diamante do mundo e grandes reservas de urânio.
As águas frias, uma corrente marítima da Antártica trazem nutrientes abundantes e, graças a eles, enorme quantidade de peixes. Porém a baixa umidade evidencia um litoral com escassa vegetação. O governo decidiu que o litoral deveria ser protegido. Ao montar um quebra-cabeças com áreas de exploração de diamantes, dois parques nacionais e uma área recreativa turística, a Namíbia definiu uma extensa reserva. É o único país que possui toda sua costa protegida e mais de um terço do território está sob proteção legal. O futuro Parque Nacional Namibe-Costa do Esqueleto terá 107.540 km² e será a sexta maior reserva terrestre do mundo!
Para observar antílopes e grandes mamíferos o melhor é o Parque Nacional Etosha, principal atração turística da Namíbia, onde estão protegidos 114 espécies de mamíferos e 340 de aves. Devido ao clima árido da região, foram construídos poços para prover água adicional aos animais e evitar estresse durante a seca.
Um desafio complexo na proteção do meio ambiente é a relação entre as comunidades locais e os conservacionistas. Em 1996, o Ministério do Meio Ambiente e Turismo definiu que as populações tradicionais - que possuem o direito de uso da fauna e da flora em suas terras - poderiam criar áreas protegidas. Essas Terras Comunitárias para Conservação (TCC) se transformaram em uma das iniciativas mais inovadoras para garantir a harmonia entre populações locais, governo, conservacionistas e empresas turísticas. Elas protegem 16% do território da Namíbia. Esse modelo de cooperação é um exemplo para o mundo!!!
A experiência de um visitante em qualquer uma das 59 TCCs é bem diferente do que em um parque nacional. É mais difícil enxergar grandes animais, mas a sensação de estar em um ambiente selvagem é bem maior. Os bichos ali estão soltos, não estão cercados como nos parques nacionais.
A beleza está presente em todo o território na natureza quase morta. As dunas caminham e mudam de forma. Variam de cor, seguindo o jogo do sol com as nuvens. Na Namíbia os animais vivem livres, perto das aldeias.
Um lindo exemplo de unidade nacional para preservação do meio ambiente!!!
(Fonte: R.Época)
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