A Conferência da Cites, a comissão internacional que cuida de espécies ameaçadas, decidiu nesta segunda-feira manter sua estrita proibição ao comércio do marfim dos elefantes, negando solicitações da Tanzânia e da Zâmbia para que amenizasse as regras que coíbem sua caça clandestina. Os dois países também receberam resposta negativa quanto à modificação da classificação de sua população de elefantes, feitas pela Cites - sigla para convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Silvestres. Entretanto os dois países africanos poderão tentar reiniciar as discussões durante as sessões plenárias nesta quarta e sexta-feira.
A Tanzânia com 100.600 elefantes e a Zâmbia com 27.000, pedem à Cites o direito de vender 80,6 toneladas e 21,7 toneladas de marfim "legal", respectivamente, procedentes da morte regular ou da mortalidade natural dos animais. Também solicitam a retirada de seus elefantes da classificação, alegando o "bom estado" de suas populações.
Desde 1989, todos os elefantes da África estão inscritos no Anexo I da Cites, que proíbe as exportações, com excessão de quatro países do Anexo II (comércio sobre controle), África do Sul, Zimbábue, Botsuana e Namíbia. Segundo a Tanzânia, a venda de 80,6 toneladas de marfim resultaria no lucro de 20 milhões de dólares, uma soma que seria utilizada na luta pela defesa dos elefantes, dizendo que o valor representaria quatro anos do orçamento de proteção, contra a caça ilegal, pois há grande preocupação nestes países com o aumento do tráfico de marfim.
Espera-se que haja consenso sem grandes prejuízos aos governos para continuarem, garantindo e preservando suas respectivas populações de elefantes, e ao mesmo tempo normas mais rígidas e controle maior sobre os traficantes de marfim.
(Fonte: Veja online)
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