E o presidente norte-americano Barack Obama começa a mostrar a "cara" de seu governo: Conseguiu aprovação para expandir a proteção do seguro-saúde para 32 milhões de americanos, e dias depois, chegou a um acordo com a Rússia para reduzir o arsenal de bombas atômicas, de 2.200, para 1.550, e de mísseis de 1.600 para 800 (ainda é tímido...Mas já é uma redução consistente!). Com isso o relógio do terror nuclear volta aos níveis de 1970. Há dois anos, a conversa era outra. O então presidente George Bush queria encurralar os russos com um escudo antimísseis na Europa. Obama jogou fora o mimo oferecido à indústria armamentista e foi conversar...
Essas vitórias levam a crer que há um novo tipo de liderança despontando na Casa Branca: uma nova geração, com novas origens e novos métodods de fazer política.
Está sendo visto, em pouco mais de um ano, que a calma, o equilíbrio e a determinação de Obama não era coisa de marqueteiro de campanha eleitoral. Seus êxitos na reforma dos planos de saúde e na negociação com os russos aconteceram porque ele acredita que consegue fazer história formando consensos.
Ao aprovar o plano para a saúde não conseguiu o apoio dos republicanos, mas construiu a maioria dentro da bancada democrata. Cedeu em pontos que eram considerados inegociáveis, aguentou uma campanha feroz da direita, mas não confrontou seus adversários com argumentações desqualificadoras. Insistiu na exposição da iniquidade - 15% da população não têm nenhum seguro e 21% não têm cobertura satisfatória, mostrando seu plano como um passo histórico que o país precisava dar.
Aplausos!!! Tomara que o diálogo seja um marco positivo em todas as negociações, principalmente aquelas que colocam em risco o planeta, como os polêmicos arsenais nucleares.
(Fonte: J Correio do Povo-comentário de Elio Gaspari)
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