A educação brasileira, de acordo com levantamentos realizados pela ONU (Organização das Nações Unidas), tem apresentado resultados pra lá de sofríveis na comparação com os demais países do mundo, inclusive com muitas nações de potencial econômico inferior ao Brasil. A formação de cidadãos com consciência crítica e capacidade técnica para o mercado de trabalho que se mostra deficitário de mão de obra passa pela melhoria de um sistema educacional que não responde mais aos desafios necessários ao desenvolvimento do país.
Pois bem - no final do mês de março, mais de 3 mil delegados irão participar de um seminário em Brasília com o intuito de elaborar proposições para o Plano Nacional de Educação (PNE). Será um documento que irá traçar as diretrizes das políticas públicas no âmbito da educação nas três esferas de governo: municipal, estadual e federal.
Muitos pontos polêmicos estarão em debate, como as fases educacionais da educação infantil ao ensino superior, o financiamento público e a regulamentação jurídica das medidas aprovadas.Também haverá a participação do Conselho Nacional de Educação e da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados na formatação da proposta legislativa.
Ao que se sabe, no entanto, alguns dos pontos considerados polêmicos que deverão entrar em votação estão longe de obterem consenso no Congresso. Entre eles estão o aumento de investimentos em educação pública para 10% do PIB, número que hoje não passa de 4%; implementação da escola de tempo integral na educação básica para jovens deficientes, sistema de cotas; incremento real no montante de vagas nas creches, democratização do ensino superior e outra, que considero a mais importante de todas: Valorização dos profissionais, com melhorias nas condições de trabalho e aumentos salariais.
Defendo este último item como prioridade, porque não existe profissional que consiga fazer um bom trabalho em escolas públicas sem condições - infra-estrutura deficitária, material pedagógico defasado. E, não existe profissional que realize um bom trabalho, tendo que atender várias escolas ou algum outro "extra", para sobreviver aos péssimos salários que os aguarda no final do mês.
Sem a devida valorização do profissional de Educação, não tem como exigir melhorias no Sistema Educacional!
(Fonte J.Correio do Povo)
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