Desde que existe civilização, a humanidade valoriza os feriados e dias de festas dedicados a teatros, jogos, banquetes e carnavais. Mas, o direito de dedicar parte da semana ao lazer, só surgiu na Grã-Bretanha, em meados do século 19. Foi uma resposta à Revolução Industrial, quando a maioria dos trabalhadores se tornou assalariada e passou a enfrentar jornadas de trabalho de 18 horas ou mais.
Na antiguidade, a contemplação do ócio e da arte era restrita às classes privilegiadas. Durante a Idade Média, uma minoria se dedicava às artes, à literatura, à ciência e a política, mas a grande massa de camponeses pegava no batente, no mínimo 6 dias na semana, e dormia para valer no pouco tempo que sobrava.
O máximo de diversão que os pobres tinham direito eram as festas religiosas e comemorações de vitórias militares. A outra forma era em períodos de epidemias, inundações, secas ou guerras.
A situação começou a mudar no século 19 e se consolidou após a Segunda Guerra Mundial. Foi quando o direito ao lazer foi documentado no art. 24 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada pela ONU em 1948. Naquela época, muitos pensadores começaram a prever a "revolução do ócio", quando o avanço da tecnologia permitiria que cada vez mais horas livres pudessem ser dados aos trabalhadores.
No fim das contas, o fim de semana não ficou mais longo, mas a indústria do entretenimento cresceu e aumentou o leque de alternativas para curtir o tempo de lazer.
Fonte: Aventuras na História
Nenhum comentário:
Postar um comentário