Prestes a completar 72 anos, a superprodução "E o Vento Levou"-, o clássico dos clássicos - ainda não teve um substituto à altura. Pelo menos na minha visão!
Na noite gelada de 15 de dezembro, uma multidão se acotovelava nas ruas de Atlanta - Geórgia, para assistir a superestreia do filme, no cinema Loew's Grand.
Os atores Vivien Leigh, Clark Gable e Olívia de Havilland receberam o público na cerimônia de estreia do filme, "um dos maiores eventos que presenciei no sul dos Estados Unidos", disse o ex-presidente Jimmy Carter ao The New York Times, em 1999, em referência ao evento.
O épico de Victor Fleming retrata a Guerra da Secessão (1861 - 1865), conflito armado entre os estados confederados (sul) e abolicionistas (norte), o mais sangrento do país, onde 620 mil soldados foram mortos.
Esse conflito não é o único tema polêmico abordado na obra. A protagonista Scarlett O'Hara, representa o rompimento com a moral rígida sulista.
Em 1939, durante a sessão de gala do filme, as personagens negras tiveram de ficar em um local separado. E o elenco negro sequer foi convidado.
O livro de Margareth Mitchell, que serviu de base para o roteiro, vendeu 1 milhão de exemplares, mas foi o filme quem consolidou uma marca. Pelos cálculos do crítico Eric Melin -, hoje, "E o Vento Levou" renderia 1,5 bilhão de dólares apenas nos EUA - o filme "Titanic" abocanhou 600,8 milhões.
Reviravoltas nos sets de filmagens também marcaram o épico. A concorrência para ser Scarlett era acirrada. Escolhida entre 1400 candidatas (uma delas foi Bette Davis), Vivien Leigh era avessa ao galã. Já, Clark Gable não quis ser dirigido por um homossexual, influenciando a demissão do diretor - substituído pelo próprio Victor Fleming.
O filme em números:
Oscar - 10 estatuetas
Estúdio - 88 horas de filmagens
Custo - U$ 3,9 milhões
Bilheteria - U$ 25 milhões
Figurino - 2500 vestidos foram confeccionados
Fonte: Aventuras na História
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