Agora questiona-se se os ocupantes da Tumba de Vergiana seriam na verdade de Felipe II e sua mulher Cleópatra. A tumba descoberta em 1977 em Vergina, na Grécia, revelou diversos tesouros e dois esqueletos humanos, um homem e uma mulher, em caixões de ouro. Ambos os corpos haviam sido cremados, e acredita-se que fossem o rei da Macedônia Felipe Arrhidaios, meio-irmão de Alexandre Magno, e sua mulher, Eurídice. Pesquisadores britânicos afirmam que é provável que os corpos sejam de Felipe II da Macedônia, pai de Alexandre, e de sua mulher Cleópatra.
O médico Jonathan Musgrave -, do Centro de Anatomia Comparativa e Clínica da Universidade de Bristol - , argumenta que as evidências dos vestígios não são consistentes com os registros históricos da vida, morte e sepultamento de Arrhidaios.
O crânio masculino parece ter curado uma fratura na maçã direita do rosto. A história registra que Felipe II perdeu o olho direito no cerco de Metona, em 335a.C., um ferimento consistente com o dano no osso.
A cor das linhas da fratura sugere ainda que o corpo foi cremado ainda com a carne nos ossos, e não após a decomposição. Arrhidaios foi assassinado em 317a.C., e algumas fontes indicam que seus restos foram enterrados e, depois, exumados meses mais tarde.
No entanto, a presença de uma pira crematória na tumba indica que ambos os corpos foram cremados em Vergina.
O relato histórico da morte de Arrhidaios indica que ele foi sepultado juntamente com a mulher, e a sogra. No entanto, a tumba contém apenas dois indivíduos. Os restos femininos são de uma mulher que morreu entre 20 e 30 anos, enquanto que Eurídice teria morrido adolescente.
Musgrave diz que o objetivo do artigo escrito por ele e seus colegas é menos reforçar a hipótese de que a tumba seria de Felipe II, e mais para apontar as inconsistências no caso de Alexandre. A análise aparece no "Internacional Journal of Medical Sciences".
Na foto - Felipe II da Macedônia
Com as inúmeras pesquisas em andamento, é possível que através da moderna tecnologia à disposição dos cientistas, ainda revele que muitas teorias e afirmações dos nossos livros de História (e de outras ciências), precisarão mudar muitos conceitos.
Fonte: Estadão
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