Arqueólogos descobriram evidências de que os humanos primitivos enfrentaram temperaturas geladas para ocupar terras altas de Papua - Nova Guiné há 50.000 anos, em busca por alimentos.
Trabalhando em cinco sítios arqueológicos a cerca de 2 km acima do nível do mar, pesquisadores de Papua - Nova Guiné, Austrália e Nova Zelândia descobriram vestígios de castanhas queimadas e ferramentas de pedra datadas de 50.000 anos.
Há suposições antigas de que seres humanos primitivos deixaram a África e se espalharam pelas regiões costeiras, para ocupar o restante do planeta -, mas segundo os pesquisadores, a descoberta deixa claro que este não foi o caso.
É um testemunho da adaptabilidade humana. "Antes, presumíamos que os povos modernos mais primordiais eram conservadores, adaptados a um clima costeiro mais quente, o que permitiu que se espalhassem depressa pelo planeta. Agora temos a evidência de que eles eram na verdade bem adaptáveis, deslocando-se para altas altitudes em busca de castanha, o que significa que tinham conhecimento prévio da planta" - , disse o autor do artigo sobre a descoberta, publicado na revista Science.
Os colonizadores primitivos desbravaram um pedaço de terra na área alta para cultivar plantas. Machados de pedra encontrados, provavelmente foram usados para cortar a vegetação nativa e abrir clareiras na floresta.
As temperaturas na área atingem um máximo de 20°C na hora quente do dia e acém bastante à noite. Lá em cima precisaram, inclusive, de roupas para não morrer de hipotermia.
A descoberta de Papua - Nova Guiné sugere que o homem primitivo sabia se adaptar ao frio intenso.
Fonte: Estadão
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