Apesar da redução do ritmo de desmatamento da Amazônia nos últimos cinco anos, a área total derrubada já representa 15% da floresta original. O processo acentuou-se nas últimas quatro décadas e foi concentrada nas bordas sul e leste da Amazônia Legal, o chamado arco do desmatamento. É o que mostrou nesta quarta-feira (1º), o IBGE, em sua pesquisa "Indicadores de Desenvolvimento Sustentável", referente ao ano de 2010.
Segundo o Instituto de Pesquisas, após um período de crescimento quase contínuo da taxa de desflorestamento entre 1997 e 2004, quando atingiu um pico, os valores para 2009 indicam que a área desmatada representa um terço do que foi verificado no ano de 2004. No período de 2007 e 2009, houve queda de 63% dos focos de queimadas e incêndios florestais no País, de 188.656 para 69.702, seguindo a tendência de queda nas taxas de desflorestamento da Amazônia.
O dado é importante porque a principal fonte de emissão de gases de efeito estufa para a atmosfera do País é a destruição da vegetação natural, com destaque para o desmatamento da Amazônia e as queimadas no Cerrado. A atividade representa 75% das emissões brasileiras de CO2, responsável por colocar o Brasil entre os dez mais emissores de gases de efeito estufa.
No entanto, para 2010 os índices são alarmantes: Conforme o Instituto "Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade", os incêndios consumiram só em 2010, cerca de 500 mil hectares em áreas de conservação. Entre 13 e 15 de agosto, o fogo consumiu 90% do Parque Nacional das Emas, no sudeste de Goiás. O problema maior acontece em parques, onde o fogo se alastra rapidamente. O Parque Nacional do Araguaia, em Tocantins, registrou 4.875 focos de calor em agosto. A área de Proteção Ambiental Triunfo do Xingu, no Pará, 4.307 !!!! Até quando?
Fonte: Estadão
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