O asteroide 433 Eros fará passagem mais próxima da Terra nesta terça-feira, 31, desde 1975. Ainda que esteja a uns 26,7 milhões de quilômetros poderá ser observado pelos astrônomos profissionais e amadores.
A proximidade da rota de Eros é, de todo modo, uma distância cinquenta vezes maior do que a distância entre a Terra e a Lua e oitenta vezes maior do que a distância do asteroide 2005 YU55, que causou estardalhaço em novembro passado pela sua proximidade com a Terra.
O asteroide Eros não será visível sem telescópio, mas instrumentos simples poderão ajudar a apreciar a forma de ferradura e sua superfície perfurada.
Eros tem desempenhado um papel especial no avanço do conhecimento do espaço: entre 1900 e 1901 ele ajudou os astrônomos a medir com mais precisão a distância ao Sol com um programa mundial de observações do asteroide.
Outra visita próxima de Eros, em 1931, permitiu que os astrônomos profissionais refinassem as medidas do Sistema Solar e dar mais precisão à distância entre o Sol e a Terra, a unidade astronômica.
Aquele foi o maior avanço em medição do sistema solar até que as distâncias começaram a ser medidas com radiotelescópios interplanetários na década de 1960.
O asteroide, que mede uns 34 quilômetros de largura, foi descoberto em 1898 pelos astrônomos Carl Gustav Witt, em Berlim, e Auguste Charlois, em Nice, na França.
Em 2000, a sonda espacial "Shoemaker" da Nasa se aproximou de Eros, orbitou em torno dele e logo desceu suavemente em sua superfície. Foi a primeira vez que um artefato humano orbitou em torno de um asteroide.
O aparelho fez quase 160 mil imagens do asteroide, que levaram os pesquisadores à conclusão de que Eros é um objeto sólido em vez de um acúmulo de resíduos, como se pensava.
Estadão.com
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