O ano começou com um espetáculo de luzes maior do que qualquer árvore de Natal foi capaz de proporcionar em 2011. A Nasa, agência espacial americana, divulgou no fim do ano passado imagens com nitidez inédita de três das 62 luas conhecidas de Saturno. Dentre elas está a maior de todas, Titã, alvo de grande interesse científico por ser a única que tem uma atmosfera, semelhante à que existiu na Terra no passado – assim, poderia abrigar vida. Dione e Encélado são os outros dois satélites naturais retratados, dignos de atenção semelhante por conta de suas características pouco convencionais em comparação às da nossa Lua.
As fotos foram produzidas pela sonda Cassini. Lançada em 1997, ela chegou à órbita de Saturno em 2004. No conjunto de imagens enviadas, algumas surpresas, como flagrantes de uma Lua passando em frente ou por trás de outra. Observações desse tipo são essenciais para o estudo das órbitas desses satélites – período em que eles circundam o planeta.
Esses corpos celestes normalmente são gelados e sem atmosfera, daí o magnetismo da gigante Titã para atrair telescópios em todo o mundo. A atmosfera da maior lua de Saturno é rica em nitrogênio, que forma uma grossa camada sobre o corpo gelado (a temperatura beira os 180oC negativos) e uma névoa constante. A enorme lua tem ainda um sistema climático, com chuvas de metano caindo do céu e formando lagos. Por conta dessas e outras características, cientistas especulam que Titã possa ser um dos melhores lugares no nosso sistema solar para encontrar vida fora da Terra. No caso do nosso planeta, a presença de metano indica atividade orgânica, por isso poderia indicá-la também em vários cantos do universo.
Outra das luas fotografadas, Dione guarda mistérios, mas é menos complexa. Tem um dos hemisférios cheio de crateras, além de uma intricada cadeia de penhascos de gelo. Terceiro maior satélite natural de Saturno, está a uma distância do planeta muito parecida com a que separa a Lua e a Terra. Bem menor é Encélado. Com 505 quilômetros de diâmetro, sexta maior entre todas, ela se diferencia por ter tanto gelo que reflete 100% da luz do Sol que recebe, o que lhe garante um lugar de destaque entre os corpos mais brilhantes do sistema solar. Com nome inspirado num gigante na mitologia grega, possui cenário de ficção científica. Estranhos gêiseres de gelo entram constantemente em erupção no polo sul do satélite. Eles são impulsionados por misteriosas forças no interior da lua. Cientistas especulam que um oceano corra sob a crosta congelada, tornando-o outro candidato a abrigar vida extraterreste – a presença de água em estado líquido é também indicativo de atividade biológica.
As descobertas do Cassini agradaram tanto aos astrônomos que a missão foi estendida para durar até maio de 2017. A princípio, ela só ficaria na órbita de Saturno até 2008, prazo que se estendeu para 2010 e, recentemente, foi mais uma vez prorrogado. A Nasa e outros participantes da missão, como a Agência Espacial Europeia, acreditam que há muito mais a ser descoberto sobre as luas e os anéis do planeta, distante mais de 1 bilhão de quilômetros da Terra. “Foi mais um ano de viagens frutíferas por esse magnífico setor do nosso sistema solar”, disse Carolyn Porco, chefe da equipe de imagens do Cassini. A sonda tem duas câmeras a bordo, que captam imagens em alta resolução mesmo a milhões de quilômetros de distância.
O próximo sobrevoo sobre um satélite deve ocorrer no fim do mês. A sonda vai novamente focar suas lentes em Titã, a mais provável casa de vida extraterrestre em nosso sistema solar. Assim, pode ser que até 2017 os cientistas saibam responder a uma das mais aflitivas perguntas da humanidade: “Estamos sós?"
As fotos foram produzidas pela sonda Cassini. Lançada em 1997, ela chegou à órbita de Saturno em 2004. No conjunto de imagens enviadas, algumas surpresas, como flagrantes de uma Lua passando em frente ou por trás de outra. Observações desse tipo são essenciais para o estudo das órbitas desses satélites – período em que eles circundam o planeta.
Esses corpos celestes normalmente são gelados e sem atmosfera, daí o magnetismo da gigante Titã para atrair telescópios em todo o mundo. A atmosfera da maior lua de Saturno é rica em nitrogênio, que forma uma grossa camada sobre o corpo gelado (a temperatura beira os 180oC negativos) e uma névoa constante. A enorme lua tem ainda um sistema climático, com chuvas de metano caindo do céu e formando lagos. Por conta dessas e outras características, cientistas especulam que Titã possa ser um dos melhores lugares no nosso sistema solar para encontrar vida fora da Terra. No caso do nosso planeta, a presença de metano indica atividade orgânica, por isso poderia indicá-la também em vários cantos do universo.
Outra das luas fotografadas, Dione guarda mistérios, mas é menos complexa. Tem um dos hemisférios cheio de crateras, além de uma intricada cadeia de penhascos de gelo. Terceiro maior satélite natural de Saturno, está a uma distância do planeta muito parecida com a que separa a Lua e a Terra. Bem menor é Encélado. Com 505 quilômetros de diâmetro, sexta maior entre todas, ela se diferencia por ter tanto gelo que reflete 100% da luz do Sol que recebe, o que lhe garante um lugar de destaque entre os corpos mais brilhantes do sistema solar. Com nome inspirado num gigante na mitologia grega, possui cenário de ficção científica. Estranhos gêiseres de gelo entram constantemente em erupção no polo sul do satélite. Eles são impulsionados por misteriosas forças no interior da lua. Cientistas especulam que um oceano corra sob a crosta congelada, tornando-o outro candidato a abrigar vida extraterreste – a presença de água em estado líquido é também indicativo de atividade biológica.
As descobertas do Cassini agradaram tanto aos astrônomos que a missão foi estendida para durar até maio de 2017. A princípio, ela só ficaria na órbita de Saturno até 2008, prazo que se estendeu para 2010 e, recentemente, foi mais uma vez prorrogado. A Nasa e outros participantes da missão, como a Agência Espacial Europeia, acreditam que há muito mais a ser descoberto sobre as luas e os anéis do planeta, distante mais de 1 bilhão de quilômetros da Terra. “Foi mais um ano de viagens frutíferas por esse magnífico setor do nosso sistema solar”, disse Carolyn Porco, chefe da equipe de imagens do Cassini. A sonda tem duas câmeras a bordo, que captam imagens em alta resolução mesmo a milhões de quilômetros de distância.
O próximo sobrevoo sobre um satélite deve ocorrer no fim do mês. A sonda vai novamente focar suas lentes em Titã, a mais provável casa de vida extraterrestre em nosso sistema solar. Assim, pode ser que até 2017 os cientistas saibam responder a uma das mais aflitivas perguntas da humanidade: “Estamos sós?"
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