Memória e raciocínio parecem começar a diminuir perto dos quarenta anos, muito antes do estimado até agora, segundo um estudo publicado nesta sexta-feira, 6, na revista médica britânica British Medical Journal.
Aumento da expectativa de vida leva à necessidade de entender processos cognitivos.
Até agora, acreditava-se que a perda ou diminuição das faculdades mentais começava aos 60 anos, mas a nova pesquisa situa essa deterioração muito antes.
A análise dos dados foi conduzida por especialistas do Centro de Investigação em Epidemiologia e Saúde da População de França e da University College de Londres, que estudaram a saúde mental de mais de sete mil pessoas em um período de dez anos.
O estudo foi focado em funcionários públicos do Reino Unido, com idades entre 45 e 70 anos no início da investigação, que foi realizada entre os anos de 1997 e 2007 e levou em conta os diferentes níveis educacionais dos voluntários.
As funções cognitivas foram avaliadas três vezes ao longo do período, a fim de avaliar a memória, o vocabulário, a audição e a compreensão. Entre as tarefas solicitadas, estavam escrever o maior número de palavras que pudessem lembrar começando com a letra S e a maior quantidade de nomes de animais.
Todas as pontuações cognitivas, com exceção do vocabulário, começaram a diminuir em todos os grupos de idades estudados e os autores puderam detectar que a queda foi mais rápida entre os mais velhos.
"A expectativa de vida continua aumentando e entender o envelhecimento cognitivo será um dos grandes desafios deste século", concluem os autores.
Os especialistas também destacaram a importância de levar uma vida saudável, já que isso traz benefícios a longo prazo. "Existe um consenso de que aquilo que é bom para o coração, também é para a cabeça", dizem.
Estadão.com
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