Uma estrela do mar de sete pontas, um misterioso polvo pálido e um novo tipo de caranguejo yeti fazem parte do vital ecossistema descoberto no fundo marinho, perto da Antártida, informaram cientistas britânicos.
As espécies, detalhadas esta semana na revista on-line PloS Biology, foram vistas pela primeira vez em 2010, quando os pesquisadores fizeram descer um veículo robótico para explorar a cordilheira submarina Dorsal da Scotia Oriental, nas profundezas do Oceano Atlântico Sul, entre a Antártida e o extremo da América do Sul.
Nesta zona escura e remota são encontrados os respiradouros hidrotérmicos, mananciais das profundezas que jorram líquido a temperaturas de até 382ºC e nos quais foram descobertas formas incomuns de vida em outras partes do mundo.
"O primeiro estudo destes respiradouros particulares no Oceano Atlântico Sul, perto da Antártida, revelou um 'mundo perdido' quente e escuro, onde proliferam comunidades inteiras de organismos marinhos desconhecidos", acrescentou.
Os respiradouros ou fontes hidrotermais foram descobertos em 1977 nas Ilhas Galápagos.As últimas descobertas de vida submarina incluem vários tipos novos de anêmonas e um polvo sem identificação, bem como um novo tipo de estrela do mar, avistadas alimentando-se da fauna arredor dos respiradouros. Os peixes só foram avistados na periferia das áreas quentes.
A diferença de espécies sugere que as condições geográficas da região tornam únicas certas formas de vida, que não puderam migrar para outras partes do fundo marinho do planeta.
"Estes resultados são uma prova a mais da rica biodiversidade que se encontra em todos os oceanos do mundo", disse Rogers.A pesquisa, publicada na edição on-line da revista PLoS Biology, foi feita por cientistas da Universidade de Oxford, da Universidade de Southampton e do British Antarctic Survey.
Jornal do Brasil.com
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