O grupo ecologista Sea Shepherd conseguiu obstruir as atividades de um baleeiro japonês nas águas da Antártida pela primeira vez na atual temporada de caça aos cetáceos, informou nesta quinta-feira (5) a Agência de Pesca japonesa.
Dois botes do Bob Barker, uma das três embarcações do grupo desenvolvidas para boicotar a ação dos navios japoneses, cruzaram na última quarta-feira mais de 30 vezes à frente da proa do Yushin Maru com a clara intenção de impedir sua correta navegação.
O navio japonês, um dos que se dedicam à chamada "caça científica de baleias", chegou a disparar um canhão de água nas embarcações como advertência, informou a agência do Ministério da Agricultura japonês.
O navio japonês, um dos que se dedicam à chamada "caça científica de baleias", chegou a disparar um canhão de água nas embarcações como advertência, informou a agência do Ministério da Agricultura japonês.
Essa foi a primeira obstrução produtiva por parte da Sea Shepherd depois que um de seus três navios enviados à região, o Brigitte Bardot, ficasse inutilizado por causa de uma forte onda.
Em 2011, o país asiático suspendeu dois meses antes do previsto a pesca de cetáceos nas águas da Antártida devido ao assédio de Sea Shepherd, que nos últimos anos articulou inúmeras abordagens aos baleeiros japoneses. Para impedir estas ações, o Japão anunciou que navios da Agência de Pesca iriam proteger seus baleeiros nesta temporada.
A organização ambiental, por sua vez, anunciou que desenvolveria uma das mais intensas campanhas contra os baleeiros japoneses nas águas da Antártida. A ideia é arruinar a temporada de caça de cetáceos e, principalmente, conseguir sua suspensão.
O Japão decidiu abandonar a caça de baleias em 1986 por uma moratória internacional, porém, retomou a atividade um ano depois alegando propósitos científicos. As expedições dos baleeiros na Antártida são coordenadas pelo Instituto de Pesquisa de Cetáceos.
A caça de baleias já gerou inúmeras críticas ao Japão. A Austrália, por exemplo, já fez uma denúncia na Corte Internacional de Justiça de Haia por considerar que o motivo desta pesca é exclusivamente comercial.
IG Ciência.com
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