terça-feira, 11 de junho de 2013

Superlua aparece no próximo dia 23 de junho

 
Se o céu não estiver coberto por nuvens a próxima lua cheia, em 23 deste mês deverá ser um espetáculo à parte em tamanho e luminosidade no céu: será o que popularmente se chama de Super Lua.
A Super Lua ocorre quando o satélite da Terra, em fase cheia, tem sua maior aproximação (perigeu) na órbita elíptica (um anel achatado) que executa em torno do planeta.
A Lua, em 23 próximo, atinge a fase cheia às 7h53 de Brasília e nesse momento estará a 357.162 km de distância da Terra.
O apogeu seguinte, maior distância da Terra pela mesma razão (órbita elíptica) já ocorrerá em 6 de julho, à distância de 406.490 km da Terra.
Ou seja, entre perigeu e apogeu haverá um afastamento de quase 50 mil km.
No perigeu, durante a Super Lua, o diâmetro aparente da Lua no céu será de 33° 3’. Já no apogeu, em 6 de julho, essa medida ficará reduzida a 29°.
Para tirar partido da beleza da Super Lua é interessante acompanhar o nascimento dela, subindo a linha do horizonte, quando ela parece ter diâmetro muito maior que quando se encontra elevada no céu.
A razão dessa diferença está numa avaliação particular do cérebro humano.
Quando a Lua, ou mesmo o Sol, tem uma referência próxima (montanhas, árvores, etc na linha do horizonte) o cérebro interpreta seu diâmetro aparente como maior que na ausência de referências, ou seja, com o satélite ou a estrela elevados no céu.
Há outra situação lunar que ocorre com alguma freqüência, conhecido como Lua Azul, mas aqui a situação é bem diferente. Na verdade, há duas condições conhecidas como Lua Azul.
Em uma delas uma Lua Azul se manifesta quando, durante um mesmo mês, a Lua atinge, por duas vezes, a fase cheia. Esse fenômeno ocorre em intervalos de dois anos, devido ao intervalo entre duas luas cheias e a duração variável dos meses.
Também se conhece como Lua Azul, de forma mais apropriada, a coloração ligeiramente azulada do satélite por efeito de partículas em suspensão na atmosfera terrestre. Em maiores concentrações essa poeira (emitida por vulcões, por exemplo) absorve o comprimento de luz vermelho (mais longo) e deixa passar o azul, mais curto, fazendo a Lua assumir mais acentuadamente essa coloração.
Essa versão da Lua Azul inspirou poetas e compositores ao longo do tempo, caso do letrista americano Lorenz Hart que escreveu: “Lua azul, você me viu sozinho/ sem um sonho em meu coração/sem um amor para mim”.
A maior aproximação da Lua da Terra intensifica o efeito gravitacional mútuo (inversamente proporcional ao quadrado da distância, como explicitou Isaac Newton em 1686) entre esses dois corpos que, na verdade, formam um sistema planetário binário, devido ao porte proporcionalmente elevado da Lua em relação à Terra.
Mas nada que seja capaz de deflagrar fenômenos naturais significativos.
Com o chamado “alinhamento planetário” esse efeito também se manifesta, mas, da mesma forma, sem provocar intensificação gravitacional capaz de deflagrar fenômenos significativos.
Para desfrutar plenamente da próxima Lua Azul devemos acrescentar que, em 23 próximo ela nasce às 18h16 e se põe às 6h32 de 24.
Ou seja, os interessados têm uma noite inteira para observar uma Lua notavelmente luminosa (por refletir a luz do Sol, evidentemente) e com tamanho aparente ampliado num céu que, vamos torcer, não esteja encoberto por nuvens.

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