Até o final do século, os efeitos da elevação do nível do mar e das ressacas e enchentes cada vez mais fortes provocadas por furacões e tempestades tropicais poderão fazer a segunda maior cidade da Flórida submergir.
Os riscos de Miami virar a “Atlântida americana” já foram avaliados por uma série de estudos científicos realizados na última década. Um relatório da OCDE de cidades mais ameaçadas do país pelas mudanças climáticas coloca a cidade no topo.
Outro estudo, feito pelo grupo Climate Central, prevê que se a elevação do nível do mar chegar a 1,2 metros até 2030, a maior parte das praias de Miami serão varridas do mapa. Os dados podem ser checados na plataforma online e dinâmica chamada "Surging Seas", que projeta possíveis efeitos da elevação do nível do mar sobre as cidades americanas.
Segundo as pesquisas, o fato de Miami repousar sobre uma base de pedra calcária muito porosa torna a cidade mais vulnerável à alta da maré. Isso porque a água do mar fluiria desimpedida sob qualquer dique ou barreira contruídos que tentassem barrar o avanço de uma enchente provocada por fortes tempestades, por exemplo.
Uma reportagem publicada na semana passada pela revista Rolling Stone reacendeu o debate sobre a necessidade da cidade se preparar pra valer para o pior cenário. Com o sugestivo título “Goodbye, Miami”, a reportagem destaca como algumas áreas da cidade já estão com o subsolo comprometido.
Quando chove forte ou quando a maré sobe na lua cheia, o sistema de esgoto sucumbe à pressão. “Até o final do século 21, Miami pode tornar-se algo completamente diferente", diz a reportagem. "Um ponto turístico de mergulho onde as pessoas podem nadar com tubarões e tartarugas marinhas e explorar os destroços de uma grande cidade americana".
Exame.com
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