terça-feira, 4 de junho de 2013

Os supermercados que menos agridem os oceanos

Um novo relatório da Ong ambientalista Greenpeace divulgado nos EUA avaliou os supermercados de acordo com suas práticas de compra e venda de animais marinhos. O objetivo era identificar quais adotam políticas de sustentabilidade nessa ceara e, por tabela, acabam tendo impacto reduzido sobre a vida nos oceanos.
A preocupação justifica-se. Estudos mostram que as reservas de peixes e outros frutos do mar estão se exaurindo em ritmo preocupante, o que coloca a biodiversidade marinha em risco. Um dos mais recentes, publicado na revista Science, indica que mais da metade das populações de peixes estão em declínio, levando a perdas econômicas anuais de US$ 50 bilhões.
Baseado em critérios de pesca e aquicultura sustentáveis, o ranking do Greenpeace leva em conta, por exemplo, a venda e compra de peixes de espécies listadas no site www.fishbase.org como tendo "resistência muito baixa" e/ou "alta para muito alta vulnerabilidade".
Outro importante fator avaliado é o uso de quaisquer dos seguintes métodos para capturar os animais: explosivos ou venenos, arrasto demersal (prática onde duas embarcações puxam uma grande rede que se arrasta por todo o fundo), arrasto de vara ou draga.
Avalia-se também se os animais têm origem de reservas consideradas sobreexploradas, esgotadas, ou em declínio a curto, médio ou longo prazo.
Além disso, é levado em em conta o uso de práticas indiscriminadas de pesca que resultem na captura acidental de indivíduos juvenis e de outras espécies que não são o alvo da pesca – em ambos os casos, a incidência não pode superar 25% do peso total da rede.
Whole Foods dá exemplo
Quem lidera o ranking do Greenpeace é a rede supermercados Whole Foods, que em abril de 2012 tomou uma decisão que acabaría por contribuir em muito para sua classificação: ela anunciou que deixaria de vender peixe e frutos do mar que tivessem origem insustentável.
Ao fazer isso, a rede levou ao extremo a sua apolítica de compra e venda de peixes, que desde 2010 previa a classificação dos produtos em três categorias - verde, amarela e vermelha. A primeira inclui espécies abundantes e capturadas de forma “amigável”, enquanto a segunda apresenta certa precaução quanto ao método de pesca. Já a última delas, proibida desde o ano passado, identificava espécies de pesca predatória, captura acidental ou ainda métodos que causam sérios impactos ambientais.
Exame.com

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