Os presidentes do Uzbequistão e do Cazaquistão apelaram nesta sexta-feira (14) à arbitragem das Nações Unidas sobre projetos de usinas hidrelétricas dos dois países, que provocam regularmente conflitos e despertam temores de uma "guerra da água" na Ásia Central.
Os uzbeques e os cazaques dependem dos vizinhos Tadjiquistão e Quirguistão, duas ex-repúblicas soviéticas pobres da Ásia Central, para se abastecer de água.
No centro do conflito estão dois projetos gigantescos de usinas hidrelétricas, concebidos há várias décadas, ainda na era soviética, suspensos depois da queda da URSS, mas que foram retomados após alguns anos.
Desta forma, o Tadjiquistão, que enfrenta a cada inverno severas quedas de energia que impõem um racionamento drástico na capital Duchambe, iniciou após alguns anos a construção da barragem de Rogun, no rio Vakhsh, abandonada nos anos 1990 devido a uma guerra civil.
Com altura projetada de 335 metros, se for concluída, a obra será a maior do tipo no mundo.
O Quirguistão, por sua vez, quer construir outra barragem concebida na época da União Soviética, a de Kambarata-1 sobre o rio Naryn, com 275 metros de altitude.
Essas duas obras são muito mal vistas pelo vizinho Uzbequistão, que teme consequências para sua indústria algodoeira, dependente da irrigação, assim como um impacto negativo em seu meio ambiente.
Tachkent, além disso, adverte para os riscos sismológicos à região.
"Precisamos nos convencer de que nada ameace nosso meio ambiente e que Uzbequistão e Cazaquistão recebam os mesmos volumes de água que recebem atualmente", declarou o presidente uzbeque, Islam Karimov, depois de ter pedido um parecer das Nações Unidas sobre as possíveis consequências destes dois projetos, em acordo com os países beneficiados pelo rio.
"Nós queremos enviar uma mensagem amistosa a nossos vizinhos: que nós devemos solucionar estes problemas sozinhos", afirmou o presidente cazaque Nursultan Nazarbayev, em visita ao Uzbequistão.
G1
Essas duas obras são muito mal vistas pelo vizinho Uzbequistão, que teme consequências para sua indústria algodoeira, dependente da irrigação, assim como um impacto negativo em seu meio ambiente.
Tachkent, além disso, adverte para os riscos sismológicos à região.
"Precisamos nos convencer de que nada ameace nosso meio ambiente e que Uzbequistão e Cazaquistão recebam os mesmos volumes de água que recebem atualmente", declarou o presidente uzbeque, Islam Karimov, depois de ter pedido um parecer das Nações Unidas sobre as possíveis consequências destes dois projetos, em acordo com os países beneficiados pelo rio.
"Nós queremos enviar uma mensagem amistosa a nossos vizinhos: que nós devemos solucionar estes problemas sozinhos", afirmou o presidente cazaque Nursultan Nazarbayev, em visita ao Uzbequistão.
G1
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