As estátuas gregas, ao contrário do que a gente imaginava, não tinham esse visual branco do mármore que as compõem. Se você lembrar bem das aulas de história, com certeza em algum momento seu professor mencionou que as esculturas gregas eram todas pintadas.
E apesar de as cores terem erodido com o tempo (e o sol, a água, a areia e o vento), técnicas que usam luz infravermelha, espectroscopia de raio X e luz ultravioleta ajudaram cientistas a reconstituir algumas esculturas gregas famosas como elas costumavam ser quando foram colocadas de pé. Através das luzes, é possível reconstituir o trajeto do pincel, padrões, texturas, compostos orgânicos e minerais, o que dá uma indicação dos pigmentos usados para colorir as estátuas. É que diferentes materiais refletem e absorvem tipos diferentes de luz. E identificando quais tipos de onda são absorvidas e refletidas, os cientistas podem entender que tipo de material está na superfície da estátua e então, a partir daí, rastrear a cor usada naquele lugar.
Desse jeito, é possível reconstituir as cores das esculturas e reproduzi-las em gesso pra gente ter certeza: a Grécia antiga era bem menos pálida. Alguns diriam que tantas cores tornariam a paisagem até meio cafona. A gente achou que dá um ar muito mais alegre à imagem mental que tínhamos das ágoras gregas.
Galileu.com
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