Bactérias já consumiram quase todo gás metano, potencial causador do aquecimento global, liberado no Golfo do México durante o vazamento de 700 milhões de litros de óleo da empresa British Petroleum (BP) no ano passado.
Cerca de 200 mil toneladas de metano - mais que qualquer outro hidrocarboneto emitido no acidente - saíram do poço, e quase tudo foi para o oceano, disse o pesquisador da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara, cujo estudo foi publicado na revista Science.
As bactérias conseguiram destruir o gás antes que ele subisse à superfície e fosse liberado na atmosfera, mas o processo contribuiu para uma perda de 1 milhão de toneladas de oxigênio dissolvido nas áreas ao sudoeste do poço.
Isso poderia representar uma enorme perda de oxigênio, mas ele foi amplamente espalhado, de modo que o processo bacteriano não contribuiu para uma condição de baixa oxigenação conhecida como hipoxia.
O que acontece com o metano tem sido uma questão-chave para cientistas especializados em clima, porque o gás é vinte vezes mais potente na retenção de calor na atmosfera que o dióxido de carbono. Assim como o CO2, ele provém de fontes naturais e artificiais, incluindo a indústria petrolífera.
Durante 2 meses após a explosão da plataforma Deepwater Horizon e a ruptura do poço, em 20 de abril de 2010, o metano não foi consumido em torno da abertura, o que levou alguns cientistas a suspeitar de que o gás pudesse permanecer na água e, então, chegar ao ar, onde poderia potencialmente reter calor e contribuir para a mudança climática.
Fonte: Estadão.com
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