A separação de um iceberg do tamanho de Luxemburgo, que se rompeu e afastou de uma geleira maior, pode modificar os padrões de circulação oceânica e influenciar na piora do aquecimento global, dizem os cientistas de uma missão na Antártida.
Em fevereiro passado, um iceberg de 2.500 km² separou-se de um bloco gigante de gelo flutuante na geleira Mertz, no polo Sul, depois de colidir com um iceberg ainda maior. A língua de gelo que se projetava no oceano atuava como barragem impedindo o gelo marítimo de chegar a uma seção de água permanentemente aberta a oeste.
Agora, o bloqueio se rompeu, a mistura das águas circundantes da Antártida com o restante do oceano podem modificar o deslocamento de calor pelo globo.
A equipe internacional de quase 40 cientistas estudam os impactos da perda da língua glacial, além de mudanças nas temperaturas, na sanilidade e na acidez oceânicas. Os oceanos atuam como freio às mudanças climáticas, porque absorvem grandes quantidades de calor e dióxido de carbono, o principal gás estufa, da atmosfera.
Mas, quanto mais CO2 os oceanos absorvem, mais ácidos se tornam. Com isso, animais como lesmas marinhas têm dificuldade maior de criar suas cascas.
Quando o habitat natural sofre mudanças, todos os seres que vivem no local sofrem o impacto...
Fonte: Estadão.com
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