Parece um hábito recente, mas o hábito de não comer carne foi defendido pelo filósofo Pitágoras!
Surgida com as civilizações antigas, a dieta moderna, baseada em animais e plantas domesticados, permitiu ao homem optar e refletir sobre os alimentos que leva à boca. O vegetarianismo apareceu nessa trajetória. No primeiro milênio antes de Cristo, ele estava ligado a questões éticas e filosóficas e era visto, na região do Mediterrâneo e na Índia, como uma atitude de benevolência em relação aos outros seres. A prática era um dos ensinamentos do grego Pitágoras (século I a.C.) citando elo sanguineo com os animais para defender o vegetarianismo. Mais tarde, o hábito se tornou mais uma imposição social do que uma escolha.
Na Idade Média, a carne era símbolo de status. "Só a pobreza compelia as pessoas a trocar essa comida pelos vegetais", diz uma pesquisa da História da Alimentação da Universidade do Paraná. Nos séculos seguintes, o movimento ressurgiria associado a questões humanitárias e, no século 19, às preocupações nutricionais - nos EUA o pastor Sylvester Graham cria uma dieta sem carne e álcool em prol da "vida sã". Foi na virada para o século 20 que surgiram criações como as do médico John Kellogg, inventor de produtos à base de vegetais e cereais matinais. Ficou conhecido como "pai" da nutrição moderna.
Somente nos anos 1960 e 70, porém, que o vegetarianismo ganhou força no mundo ocidental, impulsionado pelo movimento hippie que defendiam a vida "sem alimentos processados" e pela atuação de defensores dos direitos dos animais. Mais recentemente, a culinária vegetariana teve como aliada a propagação de vantagens para a saúde, de uma dieta sem carne. De olho nessa tendência, a indústria alimentícia começou a se dedicar a esse público, onde a culinária vegetariana se desenvolve e se adapta bem ao gosto de quem optou por este tipo de alimentação.
Fonte: Aventuras na História
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