Invenções do ano
Cinco invenções que fazem parte de uma nova safra de produtos inovadores que têm o potencial de trazer, em breve, boas novidades para o campo da ciência e da tecnologia.
Estes cinco projetos estão entre os dez que receberam o título de “invenção do ano”, de acordo com a seleção do prêmio Innovation Award, oferecido pela americana Popular Science. Para receber o prêmio, cada projeto foi submetido a uma criteriosa análise que leva em conta o quão inovador é, se de fato soluciona um problema e quais as chances de se tornar um produto real.
Chuveiro que recicla água
Tomar um banho, mesmo com chuveiros que consomem pouca água e energia, não deixa de ser uma atividade que desperdiça água. Como deixar de tomar banho não é exatamente uma recomendação ambiental que recebe adesão da massa, um engenheiro britânico, Peter Brewin, resolveu buscar formas de tornar o hábito do banho mais eficiente.
Desenhou então uma pequena estação de tratamento de água, capaz de capturar, limpar e redirecionar a água usada de volta para o chuveiro, totalmente reciclada. O processo usado para torna-la limpa, explica a Cintep (fundada por Brewin e um amigo), é a pasteurização – o mesmo que elimina impurezas do leite e o torna seguro para consumo.
Mas calma: ninguém precisa usar a água do banho de outra pessoa. A grande sacada da invenção de Brewin é que o usuário pode ligar o sistema e tomar banho com a sua própria água. Uma vez que o chuveiro é desligado, a água é então dispensada e substituída.
Ainda de acordo com a Cintep, o chuveiro reduz em até 70% o consumo de água e energia – uma economia anual equivalente a 73 mil litros de água e 3,585 kWh de energia para uma família de 4 pessoas que tomam banho diariamente. A invenção deve começar a ser vendida na Austrália, Estados Unidos e Europa até o fim deste ano.
Ajuda para caminhar
Um aparelhinho que pode ajudar pessoas com problemas motores a se movimentarem sem a ajuda de bengalas ou outro tipo de assistência. Este é o Sensastep, uma das invenções premiadas.
A invenção é composta por três peças: uma sola munida de sensores de pressão e que deve ser colocada no sapato da pessoa, um transmissor que vai preso ao seu tornozelo e um receptor que é usado da mesma maneira que aparelhos auditivos.
No momento em que o pé do usuário toca o chão, os sensores da sola enviam sinais ao transmissor que são em seguida enviados para o receptor preso na orelha. Este transforma os sinais em vibrações repassadas ao osso atrás da orelha, estimulando o nervo auditivo. Tais vibrações alertam o cérebro sobre qual parte do pé está tocando o chão.
Segundo a empresa, o Sensastep pode ajudar pessoas com problemas motores, de sensibilidade ou de equilíbrio, causados por diabetes, AVC ou até lesões no cérebro.
Helicópteros reinventados
Um helicóptero convencional tem uma caixa de transmissão enorme que coordena a velocidade dos rotores e faz com que seja adequada para que se movimentem em acordo um com o outro. Desta forma, evita-se que a aeronave seja alvo do efeito de movimento circular, similar ao dos saca-rolhas, e que tira do piloto o controle sobre o helicóptero. O problema é que esse mecanismo é complexo, pesado e que requer muita manutenção.
Pois James O’Neil desenvolveu um novo sistema que funciona de maneira similar, porém mais simples. Ele inventou o NorEaster ao substituir o eixo de manivelas da transmissão por dois cames - dispositivo que transmite movimento para outro mecanismo.
Além de tornar helicópteros de pequeno porte, tripulados ou não, mais leves, pode ainda eliminar o rotor de cauda. Agora, O’Neil conta com a ajuda de alunos do curso de engenharia mecânica do Instituto de Politécnico de Worcester, em Massachussets, e deve começar a testá-lo no ano que vem.
Um motor mais eficiente
Enquanto a frota mundial de automóveis não é tomada por veículos não emissores de poluentes, como elétricos, por exemplo, um engenheiro australiano pode ter encontrado uma maneira de minimizar os impactos dos motores à combustão.
O sistema, Over7, fez de Frank Will, da Deakin University, na região de Melbourne, mais um dos inventores premiados. Um protótipo do sistema já se mostrou até 7% mais eficiente em termos de consumo de combustível e reduziu as emissões de poluentes em 30%. Ou seja, é mais econômico e eficiente que os motores convencionais.
O sistema aquece o óleo usado pelo motor a temperaturas mais altas que o convencional e este processo faz com que ele perca sua viscosidade. Isso faz com que a movimentação da engrenagem do motor seja feita com menos esforço e use menos combustível.
Realidade aumentada
Desenvolvido por uma empresa chamada Innovega, o iOptik tem como objetivo trazer as redes sociais, filmes e games diretamente para os óculos do seu usuário.
O iOptik funciona com dois pequenos projetores acoplados nas hastes do óculos e que colocam a imagem na lente do acessório. Mas, para dar a sensação de que a pessoa está assistindo televisão, ou seja, evitar desconfortos entre o que vê na microtela, terá de usar também lentes de contato.
Tais lentes, explica a Innovega, são feitas com minúsculos filtros que selecionam a luz que entra nos olhos e que permitem a entrada da iluminação que vem dos projetores. E é assim que o iOptik permite que o usuário consiga ver um filme, por exemplo, e simultaneamente estar em contato com o que acontece ao seu redor, num campo de visão amplo de 120 graus.
Exame.com
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