A ideia é seguir os resíduos desde o momento em que foram descartados, e mostrar o caminho que o lixo faz após sair de nossas casas. Um grupo de pesquisadores do MIT decidiu seguir o lixo de uma forma mais eficiente: com chips.
Os pesquisadores do Laboratório SENSEable City colocaram chips em 3 mil objetos descartados na cidade de Seattle, EUA, e rastrearam o caminho desses objetos até a destinação final. Dois meses após o descarte, alguns objetos praticamente atravessaram os Estados Unidos.
O diretor do Laboratório SENSEable City e líder da pesquisa, Carlo Ratti, esteve no Brasil no Dia Mundial do Meio Ambiente, para participar do “Seminário SP + Limpa”, uma rodada de palestras organizada pela Universidade de São Paulo e Globo Universidade. Ele diz que o objetivo do projeto é mostrar o que acontece quando jogamos o lixo fora, para que esse conhecimento funcione como uma forma de conscientização. A ideia é “provocar mudança no comportamento das pessoas”.
Os pesquisadores querem mostrar o que eles chamam de removal chain [cadeia de descarte]. “Com o passar dos anos, temos visto muitos estudos mostrando como as coisas são montadas. Isso é conhecido como global suplly chain [cadeia global de fornecimento]. Mas não podemos dizer o mesmo sobre as coisas jogadas fora”, diz Ratti.
Ao mostrar o caminho do lixo, o estudo espera ajudar a desenvolver sistemas mais inteligentes de descarte e logística reversa. Além disso, os pesquisadores acreditam que os consumidores podem ter decisões de consumo mais conscientes, evitando a compra de produtos descartáveis, se souberem que o lixo não desaparece da porta de nossas casas.
Época.com
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