A partir de amanhã, segunda-feira (11), a capital paulista terá dois táxis elétricos circulando pela cidade. Foi lançado nesta terça-feira (5) o projeto piloto coordenado pela Secretaria Municipal de Transportes que terá, até o final do ano, mais oito veículos com emissão zero de poluentes. O período de testes vai durar 36 meses.
Segundo o secretário de Transportes de São Paulo, o projeto é experimental e tem o objetivo de dar visibilidade a essa tecnologia. “Vários países, principalmente os asiáticos, já adotaram medidas de políticas de sustentabilidade como essa”. Ele destacou que 78% das emissões poluentes da cidade são originadas nos veículos de transporte de superfície.
A medida ganha destaque por ser lançada no Dia Mundial do Meio Ambiente e a uma semana da abertura da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que reunirá líderes mundiais, no Rio de Janeiro, para discussão de ações que garantam o crescimento econômico com preservação ambiental. “Pretendemos ampliar a frota de veículos elétricos futuramente, inclusive com adesão dos carros da assessoria do prefeito. A maior capital brasileira deve assumir o compromisso de desenvolver políticas sustentabilidade”, declarou o prefeito.
A prefeitura, no entanto, não tem previsão em relação à substituição de um número maior de veículos. De acordo com a secretaria municipal, só a frota de táxis do município tem 33.697 veículos.
Uma das dificuldades para a ampliação da produção de veículos elétricos no país é o custo, tendo em vista que cada carro custa em média R$ 200 mil. Os dez carros que farão parte do projeto piloto, por exemplo, foram cedidos por uma montadora japonesa. “Baratear os carros é fundamental para ampliação da frota. A produção de carros nacionais é uma medida importante nesse sentido, assim como a diminuição da carga tributária”, sugeriu o prefeito.
Outro inconveniente é o tempo de carregamento da bateria do veículo, atualmente seis horas. Com carga total, o carro circula por 160 quilômetros. De acordo com Sidney Simonaggio, vice-presidente da Eletropaulo, que é parceira do projeto, o tempo de carregamento diminuirá para apenas 30 minutos com a instalação de tomadas de alta potência até o final do ano. “Agora são duas tomadas. Iremos instalar mais cinco tomadas. O investimento da Eletropaulo é de cerca de R$ 100 mil em cada tomada. Com a ampliação do projeto e com uma maior produção, esse custo deve ser menor”, informou.
National Geographic
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