As emissões de carbono chinesas podem ser quase 20% maiores do que se pensava anteriormente. Uma nova análise de dados chineses oficiais foi apresentada no domingo, sugerindo que a velocidade da mudança climática global pode ser ainda maior do que a prevista.
A China já superou os Estados Unidos como maior emissor de gás estufa do mundo, produzindo cerca de um quarto da poluição por carbono da humanidade que, segundo cientistas, está aquecendo o planeta e produzindo climas mais extremos.
Encontrar um número total preciso para as emissões de carbono da China, porém, é um desafio devido a dúvidas sobre a qualidade de seus dados oficiais de consumo.
Esses são os dados utilizados para calcular como o clima do planeta mudará, ajudando a fazer planos para secas, enchentes e impactos mais extremos sobre plantações.
“O fato triste é que dados chineses de emissão e energia usados como input primário nos modelos adicionará mais incerteza às simulações para a previsão da mudança climática futura”, lamentam os autores de um estudo publicado no Nature Climate Change.
A equipe de cientistas da China, Grã-Bretanha e Estados Unidos, liderada por Dabo Guan, da University of Leeds, estudou dois grupos de dados de energia do Bureau Nacional de Estatísticas da China. Um dos grupos apresentou o consumo energético da nação; o outro, o de suas províncias.
A China já superou os Estados Unidos como maior emissor de gás estufa do mundo, produzindo cerca de um quarto da poluição por carbono da humanidade que, segundo cientistas, está aquecendo o planeta e produzindo climas mais extremos.
Encontrar um número total preciso para as emissões de carbono da China, porém, é um desafio devido a dúvidas sobre a qualidade de seus dados oficiais de consumo.
Esses são os dados utilizados para calcular como o clima do planeta mudará, ajudando a fazer planos para secas, enchentes e impactos mais extremos sobre plantações.
“O fato triste é que dados chineses de emissão e energia usados como input primário nos modelos adicionará mais incerteza às simulações para a previsão da mudança climática futura”, lamentam os autores de um estudo publicado no Nature Climate Change.
A equipe de cientistas da China, Grã-Bretanha e Estados Unidos, liderada por Dabo Guan, da University of Leeds, estudou dois grupos de dados de energia do Bureau Nacional de Estatísticas da China. Um dos grupos apresentou o consumo energético da nação; o outro, o de suas províncias.
Eles compilaram os inventários de 1997 e 2010 referentes à emissão de dióxido de carbono (CO2) do país e de suas 30 províncias e compararam com as previsões, encontrando grande diferença.
“O artigo identifica uma lacuna de 1,4 bilhão de toneladas (em 2010) entre os dois grupos de dados. Isso implica em incertezas nas estatísticas energéticas chinesas”, reforçou Guan, professor sênior da Escola da Terra e Meio Ambiente da Leeds University, adicionando que a China não é o único país com dados energéticos inconsistentes.
“O artigo identifica uma lacuna de 1,4 bilhão de toneladas (em 2010) entre os dois grupos de dados. Isso implica em incertezas nas estatísticas energéticas chinesas”, reforçou Guan, professor sênior da Escola da Terra e Meio Ambiente da Leeds University, adicionando que a China não é o único país com dados energéticos inconsistentes.
Segundo cientistas, o mundo aumentará no mínimo 2° Celsius nas próximas décadas, devido ao aumento de emissões originárias da queima de combustíveis fósseis e do desmatamento. Adicionar outro bilhão de toneladas aos modelos de computador aceleraria o ritmo do aquecimento esperado.
Os autores apontam no estudo que, de acordo com estatísticas nacionais da China, as emissões de CO2 vêm crescendo em média 7,5% ao ano desde 1997, chegando a 7,69 bilhões de toneladas em 2010. Já as emissões agregadas de todas as províncias chinesas aumentaram 8,5% em média, chegando a 9,08 bilhões de toneladas em 2010. Em comparação, e de acordo com a Agência de Proteção Ambiental, as emissões Estados Unidos foram de 6,87 bilhões de toneladas em 2010. De acordo com os cientistas, as diferenças relatadas para o consumo e processamento de carvão nas províncias foram os maiores contribuintes para a discrepância nas estatísticas energéticas. As descobertas expõem os desafios que a China enfrenta para aplicar esquemas de trocas de emissões, que requerem medições precisas, relatos e verificações do uso de energia e poluição por carbono local e nacional. A China está comprometida a reduzir a intensidade energética – a quantidade produzida por unidade do PIB – em 16% no período de 2011 a 2015, e a intensidade de carbono em 17%. O país planeja também reduzir o uso de energia total em 4,1 bilhões de toneladas de carvão padrão até 2015.
Scientific American
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