terça-feira, 5 de junho de 2012

8 mistérios que abalam a Astronomia

A revista científica Science publicou alguns dos principais mistérios que ainda não foram resolvidos pela astronomia. O primeiro deles é sobre a energia escura.
Isso porque há exatos 14 anos, os astrônomos descobriram a existência de energia escura no Universo. Desde então, muitos estudos foram feitos, mas os cientistas ainda não desvendaram o que essa energia realmente é.
Duas equipes de astrônomos e astrofísicos estudaram explosões estelares, as supernovas, para medir como o Universo se expandiu durante esses 13,7 bilhões de anos de vida. Com isso, eles esperavam descobrir que essa expansão deveria ficar cada vez mais lenta. No entanto, ela está em processo de aceleração devido a esse fenômeno da energia escura.
Segundo a Science, a natureza da energia escura pode ser o maior mistério da cosmologia e astrofísica. E ele pode permanecer assim para sempre, já que os especialistas não sabem como poderão fazer experiências para concluir sobre a origem da energia escura.
Matéria escura
Muitos astrônomos acreditam que a matéria escura consegue fornecer a gravidade que mantém as galáxias unidas. A matéria escura e a energia escura são componentes importantes para o Universo, mas misteriosos.
Apesar dos cientistas acreditarem que essa matéria pode explicar o campo gravitacional que une os corpos celestes, eles ainda não sabem o que ela é. No entanto, é possível que algumas de suas partículas sejam detectadas dentro de alguns anos.
Enquanto isso não acontece, a temperatura dessa matéria permanecerá sem resposta. Há quem diga que ela é gelada. Mas alguns pesquisadores acreditam que ela pode ser bem quente.
Bárions desaparecidos
Segundo a Science, para descrever o Universo é preciso saber o que há nele e onde estão os componentes. Porém, até agora, os pesquisadores estão longe de completar esse quadro. Depois da energia escura e da matéria escura, outro mistério astronômico está nos bárions.
Eles são um termo genérico para descrever as partículas subatômicas, tais quais os prótons e os nêutrons. Os astrônomos acreditam que cerca de 10% da massa bariônica do Universo está nas galáxias. Por sua vez, os gases quentes intergalácticos formam 10% do Universo. Além disso, outros 30% são compostos por nuvens de gases frios.
O problema é que 50% das partículas restantes ainda não foram localizadas pelos cientistas. Elas fazem parte do Universo, mas ninguém sabe onde eles estão.
Explosões estelares
Uma supernova é a explosão de uma estrela maciça em estágio avançado de evolução. Portanto, depois da estrela brilhar por milhares de anos, ela se transforma em uma bola de fogo de intensa iluminação.
Apesar da supernova já ser conhecida na astronomia, pouco se sabe sobre o processo que antecede essa explosão estelar. Por isso, esse processo já é objeto de estudo da ciência há décadas.
Mas os pesquisadores ainda não desvendaram o que acontece dentro da estrela que conduz a uma explosão, nem a forma como ela acontece.
Reionização do Universo
Segundo a teoria do Big Bang, a explosão que deu início ao Universo como o conhecemos aconteceu há 13,7 bilhões de anos. Porém, há uma lacuna na história do Universo com relação aos átomos.
Aproximadamente 400 mil anos depois do Big Bang, prótons e elétrons esfriaram o bastante e formaram átomos estáveis de hidrogênio.
Porém, milhões de anos depois, alguma força misteriosa retirou elétrons desses átomos e formou íons. O problema é que eles não têm um número estável de elétrons. Por isso, são mais propensos a reações.
Raio Cósmico
Os cientistas sabem que 89% dos raios cósmicos são compostos de prótons simples, ou núcleos de hidrogênio. O restante são núcleos de hélio, com núcleos mais pesados, elétrons e antimatéria.
Porém, há 50 anos no Novo México, EUA, astrônomos descobriram uma partícula extremamente energética. Ela é um raio cósmico que vaga pelo universo com uma energia tão alta que não podia ser produzido por nenhum processo conhecido até então.
Alguns pesquisadores acreditam que ele foi originado fora da Via Láctea. Dados retirados de detectores nos últimos anos têm fornecido algumas pistas para a sua origem, mas, por enquanto, sua fonte permanece desconhecida.
Diversidade Planetária
Diversos tipos de planeta compõem o universo. Eles são de vários tamanhos e possuem as composições mais distintas. Alguns são quentes, outros frios. Há também os rochosos, os gasosos, os grandes e os pequenos. O Sol é o responsável por unir essa diversidade em torno de si.
Hoje, alguns enigmas como a composição de Mercúrio, cuja maior parte do núcleo é de ferro, mas que contém uma fina camada rochosa, além do campo magnético distorcido de Urano são alguns exemplos dessa diversidade sem explicação científica. Eles atormentam os astrofísicos, que não parecem estar próximos de alguma descoberta.
Coroa Solar
Não é nenhuma novidade que o Sol é extremamente quente. A temperatura no interior do Sol, onde acontece a fusão nuclear, ultrapassa os 16 milhões de graus Celsius. A temperatura é mais baixa na superfície, próxima aos 5 mil graus Celsius.
Mas o grande mistério está na Coroa Solar. Lá, a temperatura ultrapassa a casa do 1 milhão de graus Celsius. Essa energia é o suficiente para gerar temperaturas muito altas e o campo magnético do Sol é forte o bastante para levar a energia até o campo magnético por meio de uma dissipação de calor a partir do núcleo. Porém, a explicação e os detalhes do processo estão longe de ser um consenso científico.
Exame.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário