Decisão do governo da Alemanha, de fechar seus reatores até 2022, pode ser precedente para outros países.
Decisão tomada ontem em Berlim tem potencial para pôr em xeque o futuro da energia nuclear em todo o mundo - o tema tem sido motivo de debates acalorados quanto ao custo-benefício de se manter o projeto que prevê energia limpa, mas sob risco de graves acidentes.
O governo alemão resolveu ontem fechar os últimos reatores do país em 2022, em medida que guarda relação com a catástrofe, em março, da central nuclear japonesa de Fukushima, provocado por um terremoto.
A Alemanha é, então, a primeira grande potência industrial que renunciou à energia nuclear!
A coalizão chegou a um acordo para dar fim ao recurso à energia nuclear. Quatorze dos 17 reatores alemães não estarão mais em serviço no fim de 2021 e os três últimos - os mais novos - serão utilizados no máximo até 2022.
Os sete reatores mais antigos já haviam sido desconectados da rede de energia elétrica, à espera de uma auditoria solicitada em março pelo governo após a catástrofe de Fukushima e não serão mais reativados.
O problema para a Alemanha é: o país terá de arranjar, até 2022, uma maneira de produzir 23% de sua energia elétrica, parcela assegurada por fonte nuclear. O sistema deve e pode ser fundamentalmente modificado e já existem sugestões a respeito de recorrer às energias renováveis em vez do carvão.
Os sentimentos antinucleares na Alemanha têm levado o país a manifestações, levando até 160 mil pessoas às ruas em várias cidades do país.
A curto prazo, a Alemanha deverá substituir as suas 17 usinas nucleares por termelétricas convencionais, importando carvão. O segundo passo é a substituição por energia eólica, solar e pela biomassa - obtida a partir de material biológico como óleos vegetais e dejetos orgânicos.
Se a Alemanha conseguir cumprir essa meta, será um modelo para o mundo e dá um passo à frente no ambicioso plano de se tornar um dos países mais modernos em geração de energia limpa!
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