11 facções palestinas, entre elas as duas maiores, o Hamas e o Fatah, assinaram um acordo de reconciliação que abre as portas para a constituição de um governo legal e amplamente aceito na Palestina. O documento supões a adesão de todos os grupos nacionalistas e foi redigido pelo Hamas e pelo Fatah na semana passada. Os líderes das facções se reuniram no Cairo, Egito, para fechar oficialmente o acordo.
O documento de reconciliação e acordo nacional palestino foi rubricado separadamente por cada um dos 11 líderes em "um ambiente positivo" e sem que houvesse "nenhum tipo de dificuldade". O pacto põe fim a quatro anos de divisão e estabelece a formação de um governo provisório integrado por tecnocratas e a realização de eleições dentro de um ano.
Walid al-Awad, responsável do grupo esquerdista palestino Partido do Povo, afirmou que "todas as facções palestinas, incluindo Fatah e Hamas, assinaram o pacto redigido pelo Egito". Nesta quarta-feira, quando os grupos devem fazer o anúncio oficial de sua união, um grande evento foi programado no Cairo, e deve contar com a presença da alta representante da União Europeia, e os secretários gerais da ONU, Banki-moon, da Liga Árabe, Amr Moussa, e a organização para a Conferência Islâmica, assim como os ministros Exteriores de vários países.
Além de ter posto fim a sua divisão, os dois grupos até agora rivais chegaram a um acordo verbal sobre a necessidade de continuar com o cessar-fogo com Israel, segundo disseram fontes palestinas ao jornal egípcio Al-Ahram.
Em troca de manter a cessação das hostilidades, os grupos palestinos exigem por parte de Israel que se comprometa também com o cessar-fogo e que facilite a passagem de pessoas e mercadorias pelos postos fronteriços.
De parte de Israel, o acordo foi visto com maus olhos, e o primeiro ministro Benjamim Netanyahu pediu a Abbas para que não respaldasse o acordo por considerar o Hamas um grupo terrorista.
A disputa entre Hamas e Fatah, que se intensificou em junho de 2007 depois que o segundo tomasse pela força o controle de Gaza, supôs a divisão política e administrativa da faixa palestina e Cisjordânia.
Fonte: Época.com
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