Uma sonda da Nasa comprovou na prática um dos pontos mais importantes da Teoria da Relatividade, do físico Albert Einstein. Segundo anunciou a agência espacial americana, nesta quarta-feira, a sonda Gravity Probe B (GP-B), confirmou que a força da gravidade dos grandes corpos do Universo distorce o tempo e o espaço.
"Einstein sobrevive", afirmou Francis Everitt, físico da Universidade de Stanford e principal pesquisador da GP-B, um dos projetos em curso mais antigos da Nasa. O experimento começou a ser idealizado há mais de quatro décadas, mas teve que aguardar a evolução tecnológica para ser lançado finalmente em 2004, em uma órbita de mais de 600 km sobre a Terra.
"No Universo de Einstein, o tempo e o espaço são deformados pela gravidade", disse, resumindo a teoria que o gênio da física formulou há quase 100 anos, muito antes da tecnologia necessária para observá-la.
"Imaginem que a Terra estivesse submersa em mel. A medida que o planeta gira, o mel ao seu redor formaria um redemoinho. Ocorre o mesmo com o tempo e o espaço", afirma o cientista.
Segundo o The New York Times - a descoberta da sonda não é exatamente uma surpresa. Astrônomos e físicos já haviam recebido provas suficientes de que a teoria de Einstein estava correta por meio da observação da Lua, de outros planetas e da dupla de satélites Lageos, o primeiro lançado ainda na década de 1970. Os cientistas, porém, afirmam que foi a mais direta medição já feita, e que a comprovação pela Gravity Probe entrará para a história.
Pai do GPS - o satélite, que concluiu no ano passado sua missão de coleta de dados, foi idealizado pela primeira vez em 1959. Leonard Schiff, chefe do departamento de física de Stanford e George Pugh, do Departamento de Defesa, sonhavam com um satélite que orbitasse a Terra e colocasse à prova a teoria de Einstein.
Everitt uniu-se ao projeto em 1962, seguido pela Nasa, em 1963. As tecnologias criadas para desenvolver a sonda gravitacional foram utilizadas posteriormente para elaborar os sistemas de posicionamento global (GPS) e o cálculo da radiação de fundo do Universo.
"Este cálculo é a base da teoria do Big Bang e concedeu o Prêmio Nobel a John Mather, da Nasa", lembrou a agência espacial.
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