A rainha egípcia Cleópatra era, em parte, africana, de acordo com uma equipe de pesquisadores do Instituto Arqueológico Austríaco.
A conclusão foi tirada após a identificação do esqueleto da irmã mais nova de Cleópatra, a princesa Arsinoe, encontrado em uma tumba de mais de 2 mil anos em Éfeso, na Turquia.
As evidências obtidas pelo estudo das dimensões do crânio de Arsinoe indicam que ela tem algumas características de brancos europeus, antigos egípcios e africanos negros, indicando que Cleópatra provavelmente também era de origem étnica mista. A mãe de Arsinoe seria de origem africana.
Há muito tempo os especialistas debatiam se Cleópatra era norte-africana, grega ou macedônia. Seu ancestral Ptolomeu era um general macedônio que se tornou governante do Egito por ordem de Alexandre, o Grande.
A tumba de Éfeso foi aberta pela primeira vez em 1926 e, até agora, havia um debate entre os cientistas sobre a identidade de seu ocupante.
Mas técnicas forenses combinadas à análise antropológica e arquitetônica da tumba acabaram convencendo os especialistas de que o esqueleto encontrado pertence à irmã de Cleópatra.
O crânio foi separado do esqueleto para exame e acabou extraviado durante a Segunda Guerra Mundial. Mas a antropóloga Caroline Wilkinson reconstruiu a face baseada nas medidas tiradas na década de 20.
"Ela tem formato alongado", disse ela ao jornal The Sunday Times. "Isto é uma coisa que se vê frequentemente em egípcios da Antiguidade e africanos negros. Pode sugerir uma herança ancestral mista".
Textos antigos achados na cidade, que pertencia ao Império Romano, indicam que Arsinoe foi enviada para lá depois de derrotada em uma luta de poder com Cleópatra e com o líder romano Júlio César, disse o jornal.
Muitos acreditam que quando Cleópatra estava envolvida com o general romano Marco Antônio, após a morte de Júlio César, a rainha egípcia ordenou que a irmã fosse morta para impedir uma possível futura disputa pelo trono egípcio.
Fonte: BBC Brasil.com
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