terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Como a tecnologia mudou as Olimpíadas e o que vem por aí

Desde que a tecnologia foi inserida no meio esportivo muita coisa mudou. Sem ela, grandes resultados esportivos não seriam possíveis, além da avaliação detalhada dos atletas.

Câmera de segurança da Panasonic é uma das novidades tecnológicas para as Olimpíadas de 2016
Câmera de segurança da Panasonic é uma das novidades tecnológicas para as Olimpíadas de 2016

Nas Olimpíadas, a contribuição da tecnologia teve início na avaliação dos atletas e no monitoramento diário deles por meio de aplicativos, que auxiliam na melhora do desempenho. “Uma série de outras tecnologias como equipamentos mobile, trajes tecnológicos para a prática esportiva, calçados esportivos também são disponibilizados e fazem parte do avanço tecnológico nas Olimpíadas”, conta Paulo Sevciuc, professor da graduação em Educação Física do Complexo Educacional FMU.
Outra aplicação que vem se tornando realidade é a utilização de jogos eletrônicos, como Wii e Kinect Xbox. Além de  ajudar a popularizar esportes e modalidades menos conhecidas, eles têm auxiliado atletas na simulação das práticas esportivas. “Temos simuladores que podem ser utilizados para adaptações de altitude e ambientação de atletas aos locais de competição, de forma virtual, por meio de projeções idênticas a estes ambientes”, exemplifica o professor.
O avanço tecnológico nas Olímpiadas está, principalmente, nas arbitragens e na evolução dos métodos e controles de treinamento. Entre os progressos estão a cronometragem na natação ou atletismo, em que o relógio é automaticamente ativado pelo dispositivo de início, e o tempo final é registrado ou cronometrado por uma análise de uma foto finish, facilitando a averiguação do resultado da prova e dos recordes batidos; o “fotocharge”, conhecido como “tira teima” no voleibol, permite que lances duvidosos que acontecem em alta velocidade sejam, por exemplo, revistos; e o hawk-eye, do inglês olho de águia, torna possível acompanhar, por meio de câmeras de vídeo de alta precisão, a trajetória da bola em toda a área. Em caso de lances duvidosos, a imagem final, em 3D, poderá ser exibida ao público.
No caso do judô, por exemplo, já existem casos  em que comissões técnicas utilizam  imagens e estatísticas coletados na competição que, de forma imediata, oferecem subsídios para os atletas sobre características dos próximos adversários no campeonato. “Já no karatê e na esgrima, existem sistemas de identificação imediata de golpes desferidos corretamente”, explica Robson Schiavo, professor da graduação em Educação Física do Complexo Educacional FMU.
 
 O que vem em 2016
Para as Olimpíadas no Rio de Janeiro, a patrocinadora Panasonic anunciou em 2014 soluções em vídeo, áudio e equipamentos de segurança que equiparão a Vila Olímpica e as arenas esportivas durante o evento.
Entre as novidades tecnológicas da empresa está um sistema de câmeras de segurança que possui reconhecimento facial, no qual as câmeras são capazes de fazer buscas a partir de uma fotografia pré-registrada. É possível ainda reconhecer, por meio da captação, o número de pessoas, o sexo e a idade delas, e outros atributos com fins comerciais e de marketing.
Outra novidade é um sistema que permite detectar o usuário e até mesmo o ticket em seu bolso a fim de trazer as mais recentes informações sobre os eventos relacionados ao que o ele irá assistir. Por exemplo, quem comprou uma entrada para uma partida de tênis, ao passar perto destas TVs equipadas com o sistema de sinalização interativa, poderá ver todos os dados relacionados à competição.
No campo esportivo, o professor Robson Schiavo, acredita que uma das inovações do ano que vem será o uso de uma ferramenta chamada “Passaporte Genético”, que fará uma investigação genética do atleta, sendo possível identificar qualquer alteração anormal, por meio de métodos proibidos, na tentativa de melhorar a performance (Doping). “As Olimpíadas sempre foram um grande celeiro de demonstração das inovações devido ao interesse global de demonstrar a sua supremacia por meio do esporte”, comenta o professor.

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