domingo, 13 de dezembro de 2015

'Museu do Amanhã' será inaugurado no Rio de Janeiro


O Museu do Amanhã, localizado na zona portuária do Rio de Janeiro, será inaugurado no dia 19 de dezembro, após cinco anos de construção, confirmou a administração do novo centro cultural.


 O espaço, de 30 mil metros quadrados, pretende oferecer ao público uma mostra do poder que o homem tem para mudar o mundo, diante das mudanças climáticas, degradação dos ecossistemas, interferência na natureza.
 "A ideia é que o museu não seja só um prédio que reúne obras de arte, mas um centro que investiga e aprofunda nas ciências que olham para o amanhã e que mostra diferente cenários aos visitantes, para provocar uma reflexão sobre as ações deles", disse a gerente do projeto, Deca Farroco.
O prédio foi projetado em direção ao mar, junto a outras instalações, e está incluído no projeto Porto Maravilha, de revitalização de uma extensa área, que sofria com degradação.
 A nova atração da capital fluminense terá exposição permanente, dividida em Cosmos, Terra, Antropoceno, Amanhã e Nós, com organização de 53 diferentes atrações, entre vídeos, jogos, espaços interativos.

Uma nave espacial aterrissou no centro do Rio. Moderna, de linhas arrojadas, com asas que se mexem em busca da luz do sol. É movida a energia solar, sustentável. “Enquanto obra de engenharia e obra de arquitetura, é um dos exemplos que a gente gostaria que o amanhã representasse nessa obra”, destaca o secretário de Concessões e PPs do Rio, Jorge Arraes.
O pouso foi milimetricamente calculado durante cinco anos, até que cada peça se encaixasse na estrutura que saiu da prancheta do arquiteto espanhol Santiago Calatrava.
Uma nave nos transporta para o futuro. Este é um museu que não dá respostas. Pelo contrário, faz perguntas. “O museu oferece uma narrativa a partir de algumas perguntas que a humanidade sempre se fez: de onde viemos? Quem somos? Onde estamos? Pra onde vamos? E como queremos ir? De preferência, pra construir um mundo melhor”, diz o diretor-geral do projeto Museu do Amanhã, Hugo Barreto.
 
No Museu do Amanhã, a Terra, vista de cima, é azul e quadrada, representada por cubos gigantes. São as três dimensões da existência: matéria, vida e pensamento. Lá dentro, somos surpreendidos pelo que parece mágica. O balé dos tecidos lembra que tudo na Terra está em movimento: os oceanos, os ventos, a luz. Até os continentes. “Que se movem a uma taxa de aproximadamente 30,5 centímetros por ano, o mesmo ritmo de crescimento das nossas unhas”, explica Barreto.
Mas o ritmo das mudanças hoje no planeta é frenético. Sons e imagens por todos os lados. A gente se dá conta do impacto da ação do homem no planeta. De 1950 pra cá, o mundo mudou mais do que nos últimos 10 mil anos. E a ideia é que o visitante perceba o tamanho dessa transformação.
“É necessário que nós tenhamos a compreensão de que essa nossa atividade se torna transformadora da nossa própria casa, da nossa própria vida. Ou seja, não vamos mais viver no planeta que os nossos ancestrais viveram”, conta o físico e curador do museu, Luiz Alberto Oliveira.
Não há tempo a perder. Está na hora de tomar decisões para garantir o amanhã. Que tal começar jogando? E uma escolha errada pode pôr o planeta em risco.
Depois de percorrer todo o museu, o visitante para pra refletir. É o fim da viagem. Já desembarcamos no futuro. “O futuro começa nesse exato momento em que você faz as escolhas, agora, e empreende as ações pra esse ou aquele amanhã possível. Hoje. O amanhã é hoje”, afirma Oliveira.

O conteúdo do Museu do Amanhã foi desenvolvido por uma equipe com mais de 30 consultores brasileiros e internacionais de diversas áreas, como o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Massachusetts Institute of Techonology (MIT), entre outros. A expectativa é de que 450 mil pessoas visitem o local por ano.

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