Um dos pontos de impasse do acordo de Paris dá os primeiros indícios de que será resolvido. Segundo publicou a Reuters, os negociadores estão perto de chegar a um acordo para que as promessas feitas ao fim da COP-21 para diminuir as emissões de gases estufa sejam revistas a cada cinco anos.
“Parece crescer o consenso que as revisões se darão a cada cinco anos”, disse Christiana Figueires, secretária-executiva da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC).
As revisões das metas são um ponto importante, já que nem todos os países concordam que o acordo de Paris tenha força de lei. Revisá-las periodicamente seria uma maneira de garantir o compromisso com a questão. Mas também não há consenso sobre qual deve ser a periodicidade dessa revisão. Países como os Estados Unidos, China e França defendem o acordo de cinco anos, mas a Índia, um dos maiores emissores de gases estufa, é contra.
Outro destaque desta quarta-feira foi o anúncio da China de que pretende reduzir em 60% as emissões de poluentes vindas do setor energético até 2020. A informação é da France24, que afirma que a operação permitirá a economia de 100 milhões de toneladas de carvão bruto e evitar a emissão de 180 milhões de toneladas de CO2 por ano. A ideia é que, em 2020, as instalações que não sigam os padrões de economia de energia sejam fechadas.
Desgaste do solo
Uma pesquisa da Britain's Sheffield University apresentada na COP-21 revelou que 40% das terras aráveis do planeta foram destruídas pela erosão ou poluição nos últimos 40 anos. Segundo divulgado pela Reuters, a recomendação é que preservar a camada superior do solo é crucial para continuar alimentando a população.
O estudo aponta que são necessários 500 anos para gerar 2,5cm de camada superior do solo em condições normais e que seu desgaste se acelerou enquanto aumentou a demanda por alimentos. “O solo é perdido rapidamente, mas substituído ao longo de milênios, e isso representa uma das maiores ameaças globais para a agricultura”, declarou o professor Duncan Cameron.
Os cientistas afirmaram que a preservação do solo é crucial para produzir alimento suficiente para mais de 9 bilhões de pessoas em 2050 e recomendaram que os agricultores usem métodos de conservação, como a rotação mais frequente dos solos, retorno da matéria orgânica para o solo e menos energia gasta em fertilizantes nitrogenados.
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