terça-feira, 22 de dezembro de 2015

FELIZ NATAL!!!

Resultado de imagem para iluminação de natal em varsovia


Iluminação do Natal Fotos de Stock Royalty Free
Resultado de imagem para iluminação de natal em varsovia




E, com as belíssimas fotos da Iluminação de Natal vistas no mundo, desejo a todos um     FELIZ NATAL !!!

NASA captura nova imagem da Terra vista da Lua

Nova imagem da Terra foi capturada da órbita da Lua (Foto: Divulgação / NASA)
 
Em certas situações, uma imagem realmente pode dizer mais do que mil palavras. Que tal esse ângulo privilegiado da Terra vista da Lua? A foto foi capturada pelo LRO, oOrbitador de Reconhecimento Lunar da NASA, que atualmente se encontra orbitando nosso satélite. A imagem faz referência à emblemática foto tirada pelo astronauta Harrison Schmitt durante a missão Apollo 17, há quarenta e três anos.
Na imagem, vemos a Terra pelo horizonte lunar. Em destaque, está o continente africano - a mancha amarronzada, no topo à direita, representa o deserto do Saara e parte da Arábia Saudita. Desde sua instalação, em 2009, a LRO já capturou inúmeras imagens deslumbrantes - para termos uma ideia, a espaçonave "testemunha" doze "earthrises" por dia -, mas ver nosso pálido ponto azul deste ângulo é realmente especial. 

Solo congelado do Ártico emite mais metano do que se pensava

 
A quantidade de gás metano que escapa a cada ano do solo do Ártico durante o longo período de frio e vai para a atmosfera é muito maior do que o estimado pelos modelos atuais das mudanças climáticas. É o que afirma um estudo de cientistas da Universidade Estadual de San Diego (SDSU), da Universidade de Harvard e da Nasa, nos EUA.
O metano é um dos gases mais nocivos do efeito estufa. A pesquisa afirma que a emissão de metano da tundra no Ártico durante os meses mais frios — quando a superfície do solo está congelada, geralmente de setembro a maio — é bastante superior ao que se imaginava. A tundra é um bioma típico de regiões de baixa temperatura, conhecido pela ausência de árvores.
Os pesquisadores registraram que pelo menos metade das emissões anuais de metano na região ocorre nos meses frios. Esta descrição, que desafia os pressupostos sobre os modelos climáticos, foi publicada na revista “Proceedings of the National Academy of Sciences” (PNAS).
O metano é 25 vezes mais danoso à atmosfera do que o dióxido de carbono (CO2). O gás preso na tundra do Ártico é originário, principalmente, da decomposição da matéria orgânica no solo que descongela sazonalmente. O metano escapa naturalmente do solo ao longo do ano, mas os cientistas temem que suas emissões aumentem com as mudanças climáticas, liberando
até a porção que fica estabilizada no solo profundo formado por gelo, o permafrost.
Nas últimas décadas, os cientistas usaram instrumentos especializados para medir com precisão as emissões de metano no Ártico e incorporaram esses resultados em modelos climáticos globais. No entanto, quase todas as avaliações foram obtidas durante o curto verão do Ártico.
 
PERÍODO FRIO ‘IGNORADO’
 
O longo período gélido da região, que dominou de 70% a 80% do ano passado, vinha sendo “esquecido e ignorado”, segundo o pesquisador Walter Oechel, coautor do novo levantamento. De acordo com ele, a maioria das pesquisas conclui que, como o solo está congelado durante os meses frios, a emissão de metano seria praticamente nula durante o inverno. Esta, diz Oechel, é uma presunção errada:

— Praticamente todos os modelos climáticos supõem que há muito pouca ou nenhuma emissão de metano quando o solo está congelado. Esta afirmação é incorreta.
Para chegar à conclusão, os pesquisadores registraram as emissões de metano na região entre junho de 2013 e janeiro de 2015, usando ferramentas de monitoramento situadas em cinco pontos do Alasca.
Segundo Oechel, a água no solo da região não congela completamente, mesmo abaixo de zero grau Celsius. Uma camada superior, conhecida como camada ativa, derrete no verão e congela no inverno. Quando as temperaturas estão perto de zero grau, as partes superior e inferior da camada ativa começam a congelar, enquanto o meio fica isolado. Os micro-organismos nessa camada média, que não está congelada, continuam, então, quebrando a matéria orgânica e emitindo metano ao longo de meses.
Jornal O Globo.com


 




 

 


Nasa cancela lançamento de satélite para Marte

 Imagem divulgada pela Nasa e pela Universidade do Arizona mostra linhas em montanhas de marte formadas por água salgada (Foto: Nasa/JPL/Universidade do Arizona)
 
Um satélite científico norte-americano previsto para ser lançado para Marte em março teve a partida cancelada devido a um vazamento num importante instrumento de pesquisa, disse a Nasa nesta terça-feira, gerando incerteza sobre o futuro de um esforço muito esperado para estudar o interior do planeta.
A nave, conhecida como InSight, foi desenhada para ajudar os cientistas a aprender mais sobre a formação de planetas rochosos, incluindo a Terra.
O cancelamento levanta dúvidas sobre o futuro dos esforços de pesquisa, uma vez que serão necessários outros dois anos antes de a Terra e Marte se alinharem favoravelmente para um lançamento. A Nasa não tem dito se terá recursos para o programa, limitado a 425 milhões de dólares.
Depois de pousar em Marte, o satélite científico permaneceria estacionado, usando três instrumentos para detectar tremores e outras atividades sísmicas. Ele também foi planejado para medir a quantidade de calor liberada pela subsuperfície do planeta e monitorar as oscilações de Marte – ou variações na sua órbita enquanto ele circula o sol.
Um problema com o sismômetro provocou o cancelamento da partida, disse a agência em comunicado. O instrumento, que foi fornecido pela CNES, agência espacial francesa, tem um vazamento no recipiente que guarda os seus principais sensores.
A CNES consertou uma solda com defeito no tanque a vácuo, mas aparentemente o problema continua, de acordo com a Nasa.
Exame.com

SpaceX faz lançamento e pouso histórico no foguete Falcon 9

Em um lançamento realizado no fim da noite de ontem, na Flórida, a empresa norte-americana SpaceX colocou 11 satélites comerciais em órbita terrestre e, com seu foguete Falcon 9, realizou com sucesso o pouso do primeiro estágio do foguete numa plataforma em Cabo Canaveral.
 
 
O retorno bem sucedido do primeiro estágio abre a possibilidade de reduzir drasticamente o custo de viagens especiais e lançamentos, já que o equipamento, que voltou intacto, poderá ser reutilizado.

"Eu ainda não posso acreditar direito", disse o empresário e idealizador do SpaceX, Elon Musk. "Acho que esse é um momento revolucionário, pois ninguém jamais trouxe um propulsor de classe orbital de volta intacto", completou. O Falcon 9 tinha sofrido um acidente em 28 de junho, quando tentou mandar suprimentos à Estação Espacial Internacional.
Esta cápsula Falcon 9 sem tripulação a cargo da companhia californiana decolou de Cabo Canaveral (Flórida, EUA) com uma carga de 11 satélites de comunicação.
Alguns minutos mais tarde, o acelerador se separou do resto do foguete, realizou um giro de 180 graus e retornou à Terra, onde aterrissou a apenas 10 quilômetros mais longe de onde tinha decolado.
O resto do foguete, com a carga, seguiu sua rota até conseguir pôr os 11 satélites em órbita, uma operação que durou no total cerca de meia hora.
 


Não se trata da primeira aeronave a pousar verticalmente - feito reivindicado por um foguete de menor porte que pousou no Texas no mês passado.
Mas o voo do Falcon 9 é um marco na reutilização de foguetes: a Space X alega que pode reduzir drasticamente os custos de operações espaciais privadas com o reuso de componentes.
 


Missão de sucesso - Recuperar o primeiro estágio do foguete Falcon 9 permitirá a SpaceX economizar dinheiro, já que atualmente os componentes destes aparelhos custam milhões de dólares e costumam terminar destruídos após cada lançamento.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Lixo zero: uma nova era da reciclagem no Brasil

Lixeira para compostáveis e recicláveis em São Francisco, Califórnia, nos Estados Unidos (Foto: Justin Sullivan/Getty Images)
 
A discussão sobre a gestão dos resíduos produzidos no país vem tomando força nos últimos anos, conquistando um destaque importante na sociedade. Adquirindo cada vez mais maturidade, o debate sobre o consumo consciente está se fortalecendo, tendo em vista que o desenvolvimento econômico, a redução da desigualdade e a melhoria da condição de vida da população nas cidades também estão relacionados à destinação adequada do lixo.
Nesse ambiente de desafios e oportunidades, a Lei 12.305/2010, sancionada em 2010 e que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) representou um momento importante de mudanças para a gestão do lixo urbano no Brasil. A assinatura de um acordo entre as empresas e o governo federal demonstrou mais um avanço nessa conquista, promovendo a reciclagem de embalagens em geral.
Segundo o acordo, a meta é reduzir em 22% a quantidade de embalagens pós-consumo destinadas a aterros até 2017. No princípio, a previsão será obter a coleta e a reciclagem em média de 3,8 mil toneladas por dia de resíduos. Com a responsabilidade compartilhada entre governo, empresas e consumidores, esse acordo incentiva novos planos e investimentos, ressaltando a importância de cada um para a obtenção da meta. Dessa forma, serão respeitadas algumas prioridades como não geração de resíduos; redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos; e, por fim, a disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente (MMA), existem no Brasil cerca de três mil lixões ativos, onde são destinados quase metade das 215 mil toneladas de resíduos diários produzidos, no qual as embalagens representam um terço de tudo que é descartado. Com certeza o Brasil tem um longo caminho pela frente para mudar a realidade na destinação dos resíduos com viabilidade econômica e inclusão social, mas estamos no caminho certo. O trabalho focado no investimento de estações para entrega voluntária de resíduos e, principalmente, no incentivo ao desenvolvimento da estrutura de cooperativas de catadores é fundamental para um país com tantos desafios sociais e ambientais como o nosso. A cadeia de reciclagem gera cerca de 1 milhão de empregos diretos e indiretos e a melhoria das condições de trabalho dos catadores deve ser prioridade.
Certamente o acordo irá impulsionar esses investimentos, proporcionando a geração de um impacto positivo na destinação adequada do lixo e na formalização da cadeia produtiva da reciclagem. O esforço em conjunto potencializará a conscientização ambiental, reafirmando a importância do gerenciamento integrado do lixo urbano no Brasil.

sábado, 19 de dezembro de 2015

Violência contra qualquer espécie é inaceitável

Araucária, espécie de árvore ameaçada de extinção (Foto: Haroldo Palo Junior)

Crimes contra pessoas – no Brasil e no mundo – são cada vez mais habituais, mas ninguém em sã consciência defenderia que isso é normal. Uma análise semelhante pode ser feita com as outras espécies que habitam a Terra: animais, plantas e micro-organismos silvestres estão desaparecendo em um ritmo avassalador, em decorrência de atividades humanas; e essa perda de biodiversidade também é uma forma de violência, que jamais poderia ser encarada como natural.
A taxa de extinção atual é mil vezes superior ao ritmo normal da natureza, ou seja, a sociedade contemporânea é mais perigosa que o meteoro que dizimou os dinossauros em uma das outras cinco ondas históricas de extinções em massa.
A destruição de espécies e de seus ecossistemas é tão intensa que já não produz espanto, o que é um absurdo. É preciso reverter esse cenário, pois cada elemento da fauna e da flora tem sua função no mundo e tem o direito a existir, independente de sua relevância econômica ou social para o ser humano.
Aos que não se sensibilizam pelos argumentos éticos e morais em defesa da proteção da biodiversidade, há inúmeras razões objetivas para serem apresentadas. Uma delas é que a extinção de espécies devido a fatores antrópicos gera desequilíbrio e prejudica o fornecimento de serviços ambientais. Por exemplo, estudos mostram que as abelhas estão seriamente ameaçadas de desaparecer em função do uso indiscriminado de pesticidas e agrotóxicos na agricultura. Sem esse e outros insetos polinizadores, boa parte dos vegetais deixaria de existir e a produção de alimentos correria perigo, impactando toda a cadeia alimentar; além disso, com menos vegetação, haveria prejuízo para o ciclo da água e o equilíbrio da temperatura, entre outros.
Diante do crítico cenário atual, urgem estratégias voltadas à conservação de espécies silvestres e dos ecossistemas em que elas habitam. Isso inclui a criação e implementação efetiva de unidades de conservação, geração de conhecimento científico sobre biodiversidade, mitigação e adaptação às mudanças climáticas e crescimento econômico inteligentemente sustentado.
A meta planetária tem que ser a “extinção antrópica zero”, que é ambiciosa e necessária. Afinal, a violência contra a natureza prejudica a saúde, a economia e a qualidade de vida humana, não podendo mais ser banalizada.
Época.com
 

Com avanço de praga, a banana pode entrar em extinção, diz estudo

Penca de bananas
 
A banana pode estar com os dias contados. A ameaça à fruta tropical mais popular do mundo é um fungo, que provoca uma variação do mal do Panamá - praga conhecida como Tropical Race 4, ou TR4. A doença está avançando lentamente por diversas partes do mundo, pondo em risco um comércio que movimenta 11 bilhões de dólares anualmente. A conclusão é de um estudo da Universidade de Wageningen, na Holanda, publicado em novembro na revista científica PLOS Pathogens.
"Sabemos que a origem [do TR4] está na Indonésia e que, a partir daí, se espalhou para Taiwan e depois para a China e o resto do sudeste asiático", afirma Gert Kema, co-autor do estudo. Frustradas as tentativas de acabar com o fungo, descoberto na década de 1960, o pior pode acontecer se ele alcançar a América Latina, onde mais de três quintos das bananas exportadas no mundo são cultivadas. Na região está o maior exportador da fruta, o Equador, responsável por 23% das exportações em 2014.
A conclusão do estudo não significa, no entanto, que se deve começar a comer compulsivamente bananas antes que a fruta desapareça. Os pesquisadores explicam que leva tempo para que o TR4 se espalhe. Ainda assim, eles alertam: quando isso acontece, o prejuízo causado aos produtores é inevitável. Em Taiwan, as exportações atuais correspondem a cerca de 2% do que era vendido ao exterior em 1960, quando o TR4 foi descoberto.
O TR4 é capaz de eliminar quatro quintos da produção de comunidades agrícolas em países pobres, que usam a fruta como alimento. Segundo os cientistas, há forte probabilidade de que o fungo causador da doença se espalhe pelo Oriente Médio, Sul da Ásia e África, colocando em risco cerca de 40% da produção mundial de banana.
Veja.com

Revista "Science" elege molécula que edita DNA como o maior avanço científico de 2015

Embrião humano
 A CRISPR foi usada para a criação dos primeiros embriões humanos geneticamente modificados.
 
O periódico científico Science elegeu o avanço da ciência mais importante de 2015: a CRISPR. Essa molécula possibilita que partes do genoma sejam recortadas, deletadas e substituídas como se fossem arquivos digitais de computadores para alterar o DNA de determinado organismo. Outras nove realizações científicas também foram escolhidas pela revista. O resultado das vitoriosas foi publicado na edição desta semana da publicação.
A seleção anual dos dez avanços científicos mais importantes do ano é feita por editores do periódico Science. Para os profissionais, a molécula CRISPR - possibilita que partes do genoma sejam recortadas, deletadas e substituídas como se fossem arquivos digitais de computadores para alterar o DNA de determinado organismo - foi a grande vencedora da disputa. O procedimento já foi usado na edição de genes de embriões humanos e também na criação dos primeiros macacos geneticamente modificados.
No entanto, após selecionarem os dez avanços vitoriosos, a Science pediu ajuda para seus leitores e para alguns cientistas para estabelecerem a ordem dos escolhidos. De acordo com o periódico, para os entrevistados, apenas um advento ficou acima da molécula CRISPR: o estudo científico realizado pela sonda New Horizons em Plutão.
 

Sonda New Horizons em Plutão

Sonda New Horizons em Plutão
A sonda espacial New Horizons fez um voo rasante histórico, de 12 500 quilômetros de altitude, em Plutão, no dia 14 de julho. Essa foi a maior aproximação já feita do planeta-anão. As fotos capturadas pela missão mostraram uma diversidade de cenários que encantou os leitores da Science: o céu azul de Plutão, um mar de nitrogênio e montanhas cobertas por água congelada.

Molécula CRISPR

Molécula CRISPR
A molécula CRISPR possibilita que partes do genoma sejam recortadas, deletadas e substituídas como se fossem arquivos digitais de computadores. O sistema usa moléculas de RNA como guias que levam os cientistas até as sequências específicas do DNA que precisam ser modificadas. Por usar esse princípio, ele é o mais simples, preciso e eficiente editor de genomas já desenvolvido. Esse método, que ganhou fama em 2013, foi usado no ano seguinte para criar os primeiros macacos transgênicos. Para os editores da Science, esse foi o a maior avanço científico de 2015, ano em que a popularidade da enzima aumentou devido aos usos incontáveis da CRISPR.

Vasos linfáticos no sistema nervoso

Vasos linfáticos no sistema nervoso
Até 2015, os cientistas acreditavam que o sistema linfático - rede complexa de vasos e de nódulos linfáticos que transportam moléculas do sistema imune dos tecidos de volta para o sistema circulatório – não existia no cérebro. No entanto, neste ano, cientistas da Escola de Medicina da Universidade da Virginia, nos Estados Unidos, descobriram estruturas que comprovam que o cérebro está diretamente ligado ao sistema imunológico. Essa descoberta pode ajudar na compreensão de doenças neurodegenerativas, como o Mal de Alzheimer.

Vacina contra o ebola

Vacina contra o ebola
Entre 2014 e 2015, a epidemia do ebola matou mais de 11 mil pessoas na África Ocidental. Em uma tentativa de tentar frear o avanço da doença, a Agência Pública do Canadá em parceria com a empresa farmacêutica alemã Merck criaram a vacina VSV-ZEBOV. O experimento teve um resultado muito positivo: proteção de 75 a 100% das vítimas expostas ao vírus ebola.

Emaranhamento quântico

Emaranhamento quântico
O emaranhamento quântico já era um grande conhecido da física. No entanto, em 2015, os cientistas conseguiram demonstrar esse fenômeno em um teste de extensão jamais vista. No experimento, instantaneamente, induziram uma partícula a alterou a propriedade de outra que estava a uma distância de 1,3 quilômetro. Devido ao fato de ser um fenômeno instantâneo, Albert Einstein já havia debatido a teoria. Para ele, o emaranhamento quântico é uma “ação fantasmagórica à distância” – devido ao fato de que nada viaja mais rápido que a luz. No entanto, físicos já provaram que esse fenômeno não viola as leis da relatividade.

Psicologia replicada

Psicologia replicada
Em 2011, cientistas começaram a perceber a fragilidade de muitos estudos sobre psicologia experimental. Por isso, um grupo de 270 psicólogos, em 2013, deu início a um processo que tentava replicar grandes e importantes experimentos. No entanto, a conclusão do procedimento saiu apenas em 2015: 61% das 100 pesquisas científicas foram reprovadas, ou seja, ao se tentar replicar os experimentos, os resultados tinham sido diferentes.

Mais um membro para a família humana

Mais um membro para a família humana
Em setembro deste ano, pesquisadores descobriram uma nova espécie do gênero humano em uma caverna na África do Sul. Estima-se que o hominídeo, batizado de Homo naledi, pode ter vivido há dois milhões de anos, período em que o gênero homo ainda estava sendo formado. Segundo os cientistas a proximidade do hominídeo com a linhagem de ancestrais humanos é encontrada no fato de que, apesar de andar ereto, o Homo naledi ainda se pendurava em árvores.

Opiáceos de qualidade

Opiáceos de qualidade
Um grupo de biólogos americanos descobriu uma nova forma de produzir opiáceos - substâncias usadas em princípios ativos de analgésicos e tranquilizantes. O processo consiste em alterar geneticamente um tipo de fungo, a levedura. Essa técnica facilita a produção de opiáceos de qualidade. No entanto, os cientistas estão preocupados com tamanha facilidade, pois esse processo permite que heroína e morfina sejam produzidas com mais facilidade de em maior escala.

Lava profunda

Lava profunda
As erupções vulcânicas são as responsáveis pela formação de ilhas e montanhas. Nesse processo, placas tectônicas sobrepõem a uma camada de lava, que está presente no interior da Terra. No entanto, até 2015, os cientistas ainda não sabiam se essa “cama” de lava era rasa ou se penetrava as profundezas do planeta. Neste ano, durante um estudo sobre terremotos, cientistas descobriu que as camadas de lava são bem profundas: algumas chegam a ater 800 quilômetros de profundidade.

Genoma do Homem de Kennewick

Genoma do Homem de Kennewick
Em 2015, pesquisadores sequenciaram o genoma do fóssil do Homem de Kennewick. O procedimento revelou que o indivíduo tinha relação com uma das tribos indígenas que habitava os Estados Unidos – local onde ele foi mumificado pelo gelo. Além disso, o Homem de Kennewick, que vive há 8500 anos, está diretamente conectado com os povos asiáticos polares que atravessaram o Estreito de Beringo há cerca de 15 mil anos.
 

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Índia tem ilha impossível de visitar

Índia tem ilha impossível de visitar
 
Com rios fantásticos, lagos belíssimos, um povo fascinante e uma cultura incomum, a Índia atrai turistas de todas as partes do globo dispostos a conhecer suas atrações e tradições. Existe um lugar pertencente ao país, no entanto, que foge um pouco a essas regras, carregando a fama de assustador.
A Ilha de Sentinela, situada no arquipélago de Andamã e Nicobar, no Oceano Índico, é impossível de ser visitada. A região abriga a tribo dos Sentineleses. Em todas as tentativas registradas na história de contato com eles, o resultado foram agressões e mortes.
Sem nenhum contato com o mundo e longe de saberem o que são modernidades tecnológicas, como smartphones, por exemplo, estima se que a quantidade de nativos seja entre 40 e 500 pessoas e que eles só se alimentem do que a ilha lhes oferece, como peixes e frutas. Pelo fato de o arquipélago ser quase totalmente coberto por floresta nativa e cercado por recifes de corais que dificultam a chegada de embarcações, pouco se sabe sobre os habitantes, como vivem e como são suas moradias. Além disso, os Sentineleses recusam qualquer tipo de contato com outros seres humanos, sendo considerados o povo mais hostil do planeta. Todas as imagens da ilha e dos moradores foram feitas à longas distâncias.
Em 2004, após o incidente do Tsunami no Oceano Índico, o governo indiano enviou ajuda aos nativos de Sentinela do Norte. As equipes de resgate e helicópteros, no entanto, não foram bem recebidos e foram obrigados a voltar. Após o ocorrido, o governo declarou que não tem intenção de interferir no estilo de vida da tribo, garantindo-lhes respeito e privacidade, apesar de a ilha ser administrada pela Índia desde 1947.
O último contato com os habitantes de Sentinela do Norte foi em 2006, quando dois pescadores estavam em uma área próxima ao local. Seus corpos foram encontrados dias depois com sinais de flechada e as gargantas cortadas. Existem outros registros na história de tentativas frustadas de contato com os moradores, todas com um fim trágico.
Todos esses fatores tornaram os Sentinelenses um povo lendário. Para alguns antropológicos, esses nativos são descendentes dos primeiros humanos que habitaram o continente africano.
 

Marrocos inaugura superusina solar

 
O Banco Mundial confirmou que o Marrocos está perto de se tornar uma superpotência solar ao inaugurar a maior usina solar do planeta. A usina à beira do deserto do Saara criará eletricidade para milhões de lares usando esses espelhos gigantes para captar energia do Sol e gerar vapor. Mas a coisa realmente especial nessa usina é que ela pode armazenar e gerar energia solar mesmo quando está escuro.
Agora levamos você a África do Sul, onde Zimasa Mabela realizou sua primeira patrulha depois de se tornar a primeira mulher africana a comandar uma embarcação da Marinha. Ela estabeleceu o marco ao assumir um navio varredor de minas atracado na Cidade do Cabo no mês passado. Aos 38 anos, a mãe de dois filhos disse que gostaria de ser avaliada pela sua habilidade de comandar e não por seu gênero.
E finalmente a Dallas, no Texas, a um edifício que foi parte da história da cidade...o primeiro hospital em Dallas a realizar com sucesso um transplante de coração. Isso foi em 1985. Não demorou muito para que essa demolição derrubasse o prédio. Aparentemente teria sido caro demais reformá-lo.
BBC Brasil

Europa enviará missão para investigar universo escuro

Imagem do universo feita com o telescópio Hubble
 
A nave que será usada na nova missão da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) para estudar o universo escuro, Euclid, está pronta para ser construída e deve ser lançada ao espaço em 2020.
"Temos certeza do êxito científico da missão, que nos revelará a estrutura do universo e nos ajudará a entender a enigmática energia escura", disse Francisco Castander, pesquisador do Instituto de Ciências do Espaço de Barcelona (IEEC-CSIC), que participa do projeto, além de ser membro da equipe da ESA e coordena a missão na Espanha.
"É um grande passo para a missão. Avaliamos todos os elementos e temos a certeza que a missão é factível e poderemos fazer ciência", afirmou o chefe do projeto Euclid, Guiseppe Raca.
A missão Euclid tem como objetivo investigar a matéria e a energia escura.
Em 2011, foi selecionada como uma das missões de classe média da ESA.
Desde então, os cientistas estudaram o projeto da missão até os últimos detalhes e, após a aprovação deles, agora iniciarão a construção da nave para o lançamento, que deve ocorrer em 2020.
A nave, com um telescópio de 1,2 metros de diâmetro, orbitará ao redor do ponto L2 de Lagrange, a 1,5 milhão de quilômetros da Terra, e obterá dados durante seis anos para revelar os segredos mais obscuros do universo.
Atualmente, os astrofísicos só sabem que menos de 5% da matéria tem forma visível.
O restante, a matéria escura, não pode ser vista, mas sua existência pode ser inferida a partir dos seus efeitos gravitatórios.
A Euclid cartografará as formas, posições e movimentos de 2 mil milhões de galáxias ao longo de mais de um terço da abóbada celeste.
A análise de dados permitirá que os astrônomos conheçam com mais detalhes as características e o comportamento da matéria escura.
 da matéria escura.
A missão Euclid é formada por mais de mil cientistas de 100 instituições de 13 países europeus.
Exame.com

O mercado de energia renovável está radiante nos EUA

Energia eólica
 
O mercado de energia renovável está radiante nos Estados Unidos. Uma semana após a histórica reunião sobre mudança climática em Paris, o Congresso americano aprovou a extensão dos subsídios federais para as energias renováveis por mais cinco anos, o que dá um ânimo colossal aos investimentos no setor.
O custo da energia renovável, especialmente a solar, caiu muito nos últimos anos no país, chegando a 70 ou 80 por cento em alguns estados, graças, em grande parte, aos incentivos fiscais que a indústria recebeu do governo americano desde 2006.
O chamado Investment Tax Credit (ITC) prevê deduções fiscais equivalentes até 30% dos custos de projetos de geração renovável. A expiração do benefício estava prevista para começo de 2016 e, por tabela, os analistas do setor temiam um grande declínio na expansão da energia solar e eólica.
No entanto, em um movimento surpresa, os legisladores dos EUA concordaram, nesta quinta-feira (17), em manter por mais tempo os benefícios para as renováveis como parte de um pacote mais amplo de incentivos fiscais e planos de gastos do governo americano.
A extensão irá adicionar um extra de 20 gigawatts de energia solar nos EUA a partir de painéis fotovoltaicos, superior ao montante instalado até o final de 2014, de acordo com a Bloomberg New Energy Finance (BNEF). 
Os incentivos à energia que vem dos ventos contribuirá com outros 19 gigawatts nos próximos cinco anos. Segundo a BNEF, a extensão dos benefícios vai estimular US$ 73 bilhões em investimentos e fornecer eletricidade suficiente para abastecer 8 milhões de lares norteamericanos.
Afinal, a tendência é que os consumidores paguem ainda menos pelos paineis solares para a microgeração de eletricidade e que os projetos eólicos se tornem mais competitivos.
Atualmente, os EUA geram cerca de cinco por cento de sua energia elétrica a partir de parques eólicos e fonte solar. Perante os novos incentivos, essa taxa deve saltar para cerca de 10 por cento dentro de cinco anos. Nada mal.
Exame.com

Segundo climatologista, "O Brasil não está preparado para se adaptar ao antropoceno"

 
Segundo um dos principais cientistas do Brasil, o planeta já entrou em uma nova época, o antropoceno, graças à interferência humana na Terra.
 
 O pesquisador Carlos Afonso Nobre, presidente da Capes, a  Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior  (Foto: Divulgação)
O pesquisador Carlos Afonso Nobre, presidente da Capes, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Foto: Divulgação)
 
Nunca, em toda a história da vida na Terra, uma espécie alterou tanto o planeta, e em uma escala tão rápida, quanto a humanidade. Mudamos os cursos de rios, alteramos a composição química da atmosfera e dos oceanos, domesticamos plantas e animais a ponto de sermos considerados uma "força tectônica" no planeta. Esse impacto é tão forte que alguns cientistas estão propondo mudar a época geológica – deixaríamos o holoceno, que começou com o fim da era do gelo, e passaríamos ao antropoceno, a época dominada pelo homem. O climatologista Carlos Nobre, presidente da Capes, é o único brasileiro a integrar o grupo de trabalho internacional que avalia se devemos formalizar a época do antropoceno. Em entrevista por email, Nobre disse que o Brasil não está preparado para os impactos que virão.
ÉPOCA - Como nós podemos caracterizar o antropoceno? Será, ou é, uma era de extremos?
Carlos Nobre -
Caracteriza-se pelo efeito global sobre o planeta de uma espécie, o Homo sapiens, e pela velocidade das transformações do planeta pelas ações humanas. Nunca antes, durante toda a longa presença da vida na Terra, estimados em 3,6 bilhões de anos, uma espécie conseguiu alterar o ambiente globalmente numa escala de séculos. São esses aspectos que estão fazendo muitos geólogos propor que já adentramos uma nova época geológica – nomeado como antropoceno pelo professor Paul Crutzen –, em que sinais das transformações já se materializaram nos sedimentos geológicos. O antropoceno não se caracteriza somente por alterações climáticas provocadas por emissões humanas de gases de efeito estufa, ainda que o registro geológico, por exemplo das geleiras, já mostrem claramente o aumento das concentrações de gás carbônico e metano, entre outros gases aprisionados no gelo. Há mudanças globais em biodiversidade, nos ciclos biogeoquímicos de nitrogênio e fósforo, na supressão de transportes de sedimentos fluviais devido ao represamento da maior parte dos rios, na alteração da cobertura de vegetação. Ainda assim, sim, o aquecimento global está trazendo no seu bojo o aumento da frequência de fenômenos hidrometeorógicos e climáticos extremos e isto é um dos sintomas do antropoceno.

ÉPOCA - É possível se adaptar às condições do antropoceno? O que países, governos, precisam fazer em adaptação?
Nobre -
Buscar adaptação é inevitável e urgente, pois algumas mudanças ocorrendo no antropoceno já se tornaram irreversíveis em escalas de tempo de séculos a milênio – por exemplo, o aumento do nível do mar. Porém, é essencial ter clareza sobre os limites absolutos à adaptação. Dois exemplos. Com 3ºC de elevação da temperatura global, há bastante certeza científica de que as geleiras da Groelândia e da Antártica Ocidental derreterão total ou parcialmente. Isso elevará o nível do mar em de 7 a 10 metros. Há grande incerteza sobre as escalas de tempo em que isso poderá ocorrer, entre 200 anos e um milênio. Na maior parte das cidades costeiras, não haveria como adaptá-las para elevações do mar tão grandes. Portanto, a maior parte das cidades costeiras do mundo deixaria de existir como as conhecemos. O segundo exemplo é tão ou mais preocupante. Trata-se do limite absoluto de humanos de intolerância fisiológica à estresse de calor. Com umidade de 100%, o corpo humano não resiste mais do que 6 horas a temperaturas acima de 35ºC, num estado chamado hipertermia. Esta temperatura é chamada de temperatura de bulbo úmido. Hoje, em muitas partes do mundo, estas temperaturas de bulbo úmido chegam a 31ºC. Numa situação extrema de aumento da temperatura global entre 8ºC e 10ºC devido ao aquecimento global, em várias partes do planeta, a temperatura de bulbo úmido ultrapassaria 35ºC, tornando a vida ao ar livre impossível.
Como via de regra, países desenvolvidos têm avançado na agenda da adaptação, seja através do aumento do conhecimento sobre o impacto das mudanças climáticas, seja igualmente na implementação de políticas públicas ativas de adaptação. Países em desenvolvimento estão mais atrasados na agenda da adaptação e colocam mais peso político na redução do risco via esforço global de redução de emissões. Ainda que no discurso retórico buscam-se mecanismos para países ricos ajudarem os países mais pobres em estratégias e custos de adaptação, na prática isto não tem ocorrido.
ÉPOCA - Qual é o cenário do Brasil no antropoceno? Estamos preparados para as mudanças que ocorrerão no mundo?
Nobre -
O Brasil é país de média vulnerabilidade às mudanças ocorrendo ou projetadas no antropoceno. Entretanto, na questão da biodiversidade, os riscos são enormes em função da intrincada interação das espécies. O assunto destas mudanças encontra ressonância na população brasileira, o que faz avançar a discussão sobre políticas públicas e apoia as arrojadas posições brasileiras com respeito à redução das emissões. Entretanto, não estamos preparados para responder às mudanças projetadas, o que diminuirá a resiliência social, econômica e ambiental.
ÉPOCA - Por muito tempo, a sociedade discutiu os impactos que o homem causa no meio ambiente. Agora, com o alto grau de que as mudanças climáticas já ocorrem e são causadas pela atividade humana, não é hora de mudar o foco e pensar em soluções para os problemas ambientais?
Nobre -
No Brasil, há razoável consenso de que as ações humanas causam impactos significativos no planeta. Isso é verdade na maior parte do mundo, mas não em todos os países. Por exemplo, nos EUA ainda há um debate amplo sobre mudanças climáticas, o que tem ainda impedido ações resolutas de redução de emissões. Sem dúvida, o foco principal tem que ser em soluções, principalmente em reduzir o risco futuro através da redução das emissões urgentemente e em grande monta, no caso das mudanças climáticas.
ÉPOCA - Na opinião do senhor, quais as implicações políticas caso a comunidade científica formalize a mudança de época para o antropoceno? Será uma forma de ampliar a pressão para que governos tomem ações na área do clima?
Nobre -
Será um grande marco filosófico para a humanidade e o reconhecimento de que somos uma "força tectônica" no planeta. Num sentido diverso, terá um impacto semelhante ao de grandes outros marcos recentes da humanidade, como a descoberta da força destruidora da bomba atômica ou o homem na Lua.
Época.com
 

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

15 ideias da ciência que devem morrer, na opinião de grandes estudiosos

Fundação Edge, uma associação que reúne intelectuais da ciência e da tecnologia, convidou 175 especialistas para responder a uma pergunta difícil: qual ideia científica está bloqueando o progresso da humanidade? As respostas, divulgadas ao longo de 2014, agora foram compiladas no livro This Idea Must Die (“Esta ideia deve morrer”, em tradução livre).
Selecionadas 15 teorias da física, da medicina, da matemática e da psicologia que, na opinião de alguns dos mais brilhantes estudiosos do mundo, precisam ser enterradas para que a humanidade vá para a frente.
 
 (Foto: Guilherme Lepca)
 
1. A TEORIA DE TUDO
QUEM MATOU: Geoffrey West, físico, Instituto Santa Fé.

Calma, não é o filme sobre a vida de Stephen Hawking que Geoffrey West quer tirar de circulação. Um dos maiores desafios da ciência é a busca por uma teoria que explique todas as partículas elementares e suas interações. Tudo obedeceria a uma única equação (ou a um único conjunto de equações). West admite que a ideia trouxe avanços importantes, mas acha que é hora de partir para outra: “É uma busca notável e ambiciosa, que levou a descobertas importantes como o bóson de Higgs e os buracos negros. Mas uma teoria de ‘tudo’, onde existem cérebros e consciências, cidades e corporações, amor e ódio? Dificilmente”.
 
2. O UNIVERSO
QUEM MATOU: Seth Lloyd, professor de engenharia quântica do Instituto de Tecnologia de Massachusetts.

Vamos enfatizar esse “o” para que ninguém surte. Lloyd defende que, na realidade, existem vários universos – ou um multiverso –, cada um com suas próprias e diferentes leis da física e noções de tempo. Isso porque a cosmologia identificou uma época (bem anterior ao Big Bang) chamada inflação, em que o universo dobrou de tamanho milhares de vezes em uma fração de segundo, criando inúmeras bolhas. “O nosso próprio universo, infinito como é, não passa de uma bolha nesse grande mar inflacionado”, afirma o autor.
 
3. O INFINITO
QUEM MATOU: Max Tegmark, físico e especialista em cosmologia do Instituto de Tecnologia de Massachusetts.

Embora praticamente todas as teorias e leis da física sejam baseadas na ideia de que algo possa ser infinito, essa seria apenas uma aproximação conveniente. Segundo o autor, não existe evidência de que exista algo infinitamente pequeno ou grande. “Não precisamos do infinito para fazer física. Todas as simulações de computadores, que descrevem com precisão desde a formação das galáxias até a previsão do tempo de amanhã, usam recursos finitos tratando tudo como finito”, conclui Tegmark.
 
4. PRINCÍPIO DA ENTROPIA
QUEM MATOU:  Bruce Parker, oceanógrafo, professor do Instituto de Tecnologia Stevens.
A segunda lei da termodinâmica afirma que, em um sistema fechado, a entropia – medida do grau de agitação ou desordem das partículas – aumenta com o tempo. Na opinião de Parker, é uma conclusão generalizada. Se aplicada ao universo, é ainda mais inapropriada: “Ao dizer que no futuro outras transformações na energia não vão mais ocorrer, a teoria sugere que o universo deve ter começo e fim”.
 
5. MEDICINA BASEADA EM EVIDÊNCIA
QUEM MATOU: Gary Klein,  psicólogo, autor de Seeing What Others Don’t.
Os defensores da ideia acreditam que o melhor caminho sempre é confiar nas práticas clínicas validadas por estudos rigorosos para evitar o uso de tratamentos que possam oferecer risco aos pacientes. Mas Klein acha que ela impede o avanço científico porque médicos podem tornar-se relutantes em experimentar tratamentos alternativos que ainda não tenham passado por todos os testes.
 
6. LADO ESQUERDO E DIREITO DO CÉREBRO
QUEM MATOU: Sarah-Jayne Blakemore,  professora de neurociência no University College London.
Você já deve ter ouvido a teoria de que as características de uma pessoa dependem do lado do cérebro mais utilizado por ela. Talvez você tenha até feito testes na internet para descobrir o seu perfil. Tudo perda de tempo. “O cérebro de fato é dividido em dois hemisférios, e um deles começa a agir antes do outro, porém em quase todas as situações ambos trabalham juntos”, diz Blakemore.
 
7. DESVIO PADRÃO
QUEM MATOU: Nassim Nicholas Taleb, professor de engenharia na Escola Politécnica de Engenharia da Universidade Nova York.
O desvio padrão é a medida mais comum da dispersão estatística, que mostra a variação existente em relação à média. Mas, segundo o autor, o desvio médio absoluto – outra medida da estatística para calcular a variação de um elemento em relação à média – corresponde mais à realidade, e deveria ser adotado em seu lugar. “Não há razão científica para usar o desvio padrão na era do computador”, afirma Taleb.
 
 (Foto: Guilherme Lepca)
 
8. ALTRUÍSMO
QUEM MATOU: Tor Nørretranders, autor de O homem generoso: por que ajudar os outros é a coisa mais sexy que você pode fazer.
O conceito de altruísmo parte do pressuposto de que humanos são egoístas e serviria para explicar as situações em que você faz algo para os outros sem pensar em si. Mas a verdade é que você sempre está pensando em si, segundo o autor. Humanos estão profundamente ligados aos outros, e é impossível ser feliz se todos estiverem tristes. Ser gentil com os outros nada mais é que ser bom com você.
 
9. INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
QUEM MATOU: Roger Schank, teórico da inteligência artificial, autor de  Ensinando as mentes.
A ideia de que um dia construiremos máquinas que são como pessoas cativou o imaginário popular por um longo tempo, mas tal robô nunca vai aparecer. “Não que a inteligência artificial tenha falhado, é só que esse nunca foi o objetivo dela”, diz Schank. Para o estudioso, um computador pode ser programado para rir ou chorar, porém não irá de fato sentir algo, pensar por conta própria ou melhorar gradualmente por causa da interação com outras pessoas. “A área deve ser renomeada para ‘tentativa de programar computadores para fazer coisas muito legais’”, afirma ele.
 
10. MAIS CÉREBRO, MAIS INTELIGÊNCIA
QUEM MATOU:  Nicholas Humphrey, psicólogo, Darwin College, Cambridge.
A conexão parece óbvia: quanto maior o cérebro de um animal, mais inteligente ele é. Só que não é assim que funciona. “Sabemos que humanos podem nascer com dois terços do volume normal do cérebro e não apresentar quase nenhum defeito cognitivo”, diz Humphrey. Por que, então, continuamos com um cérebro grande? Segundo ele, é para ter tecido de sobra para entrar em ação em caso de acidentes.
 
11. CAUSA E EFEITO
QUEM MATOU: W. Daniel Hillis, cientista da computação, vice-presidente da Applied Minds.

Os homens gostam de organizar os eventos em uma cadeia de causas e efeitos que esclareceria as consequências de cada ação. Segundo Hillis, a ideia falha quando tentamos explicar sistemas dinâmicos de um organismo vivo, as transações da economia ou o funcionamento da mente humana. “Um gene não ‘causa’ câncer, o mercado de ações não subiu ‘porque’ o de crédito caiu”, diz ele.
 
12. LIVRE-ARBÍTRIO
QUEM MATOU: Jerry Coyne, professor do departamento de ecologia e evolução na Universidade de Chicago.
“Escolhas são, por princípio, previsíveis pelas leis da física”, afirma Coyne. Experimentos mostram que a consciência de ter decidido algo é posterior à tomada de decisão. Você pode até argumentar que ninguém coloca uma arma na sua cabeça e ordena “compre sorvete de morango, não de baunilha”, mas, para o autor, os próprios sinais elétricos em nosso cérebro seriam as armas.
 
13. QUOCIENTE DE INTELIGÊNCIA
QUEM MATOU: Scott Atran, antropólogo do Centro de Pesquisa Científica de Paris.
“Não existe razão para acreditar que a medida de um quociente de inteligência de alguma forma reflita a capacidade de cognição da mente humana”, diz o antropólogo. Segundo ele, nada no mundo animal sugere a existência de uma seleção natural para a capacidade de realizar tarefas em geral. “O QI é só uma medida geral de raciocínio e categorização socialmente aceita”, reforça. Ou seja, varia de acordo com o que é mais valorizado em cada sociedade, e, se serve para alguma coisa, é para mostrar as diferenças socioculturais no mundo.
 
14. TRISTEZA É RUIM, FELICIDADE É BOA
QUEM MATOU: June Gruber, professora da Universidade do Colorado.
“Tristeza não tem fim, felicidade sim” – e isso pode ser bom para você. “Existem muitos trabalhos científicos que sugerem que emoções ruins são essenciais para nosso bem-estar psicológico”, defende June Gruber. Do ponto de vista evolutivo, a tristeza nos faz ficar atentos a problemas ou situações perigosas. Também ajuda a melhorar o foco e facilita uma visão analítica, enquanto felicidade demais nos torna egoístas e propensos a situações de risco. Mas ela não defende o fim da felicidade: o contexto de cada emoção é importante, e saber respeitá-las, em vez de suprimi-las, é a chave para o bem-estar psicológico.
 
15. PRECONCEITO É SEMPRE RUIM
QUEM MATOU: Tom Griffiths, professor de psicologia na Universidade da Califórnia.
A clássica brincadeira do telefone sem fio ou situações em que uma pessoa enxerga imagens de forma diferente da realidade (não estamos falando do vestido branco e dourado que na verdade era azul e preto): isso tudo pode ser explicado pela existência de uma visão predeterminada. “Em problemas indutivos, em que a resposta certa não pode ser identificada só com base nas evidências disponíveis, como interpretar a própria linguagem, ter um viés é fundamental”, explica o professor Griffiths. Ter predisposição para uma resposta seria a forma de sobreviver nesse jogo de acerto e erro. Mas o fato de o viés não ser sempre ruim também não significa que seja sempre bom – o ideal é buscar ser o mais objetivo possível.
 
AQUI JAZ:
Quatro ideias que foram mortas e enterradas para não frear o avanço da ciência

GEOCENTRISMO
A teoria de que a Terra seria o centro do universo persistiu por 1400 anos. O matemático polonês Nicolau Copérnico foi o primeiro a apresentar um modelo consistente e completo de um sistema heliocêntrico, que mais tarde foi aperfeiçoado por outros cientistas.
 
EUGENIA Criada em 1883, a teoria defendia a eliminação de pessoas com deficiência, má-formação ou portadoras de determinadas doenças sob o pretexto de melhorar a genética da população em geral. O exemplo mais extremo foi o praticado pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.
 
ÁTOMO INDIVISÍVEL
O próprio nome vem do grego a (“não”) + tomo (“divisão”), e a crença em uma partícula indivisível teria surgido no século 4 a.C. Mas foi só no final do século 18 que o físico britânico Joseph Thomson descobriu o elétron, enterrando de vez a ideia de que o átomo seria uma bola maciça.
 
LAMARCKISMO A teoria ficou famosa no início do século 19 e propunha que o ambiente provocava mudanças no comportamento e até na anatomia dos seres humanos, e que essas mudanças seriam hereditárias. Para Lamarck, órgãos pouco usados tendiam a atrofiar, enquanto os mais usados tendiam a se desenvolver.
Galileu.com

Compartilhando: 'Situação atual do Brasil'

whats (Foto: Reprodução/Twitter)À meia noite desta quinta-feira (17), ocorreu o bloqueio do aplicativo de mensagens Whatsapp aqui no Brasil. A medida acabou não durando 48 horas como era o esperado no início, mas algumas horas já foram o suficiente para deixar algumas pessoas desesperadas - para dizer o mínimo.
 Felizmente, o desbloqueio do aplicativo foi rápido!!!

Pela primeira vez desde 1977, a noite de Natal será de Lua Cheia

 
 
Em 2015, os céus prepararam um presentão de Natal pra quem gosta de admirar a Lua: pela primeira vez em 38 anos, as noites dos dias 24 e 25 de dezembro serão iluminadas por uma bonita lua cheia. Já falamos aqui de um outro acontecimento espacial que deve ocorrer também na véspera de Natal. Em algum lugar a 11 milhões de quilômetros da Terra, a mais ou menos 28 vezes a distância até a Lua, um asteroide gigante com dois quilômetros de diâmetro estará de passagem.
Quer mais sincronias cósmicas incríveis e esquisitas? Vamos lá: talvez como uma prova de que a Força é forte em nosso planeta, na última vez em que Natal e lua cheia coincidiram, em 1977, também foi o ano em que o primeiro filme da trilogia clássica de Star Wars chegava aos cinemas. Como os terráqueos não falam de outra coisa, você já deve estar sabendo que O Despertar da Força estreou dia 17. Coinciência?
Além disso, a Nasa informou que o evento só ocorre novamente em 2034. Como sugerem as evidências, talvez a gente já saiba o ano em que o episódio 10 de Star Wars vai estrear.
 

Cientistas descobrem planeta potencialmente habitávem "perto" da Terra

 O planeta com a órbita do meio, Wolf 1061c é potencialmente habitável e pode até ter água em estado líquido (UNSW/Imagem simulada com Universe Sandbox 2/universesandbox.com)
 
Cientistas australianos identificaram um exoplaneta potencialmente habitável a 14 anos-luz da Terra - distância relativamente curta no espaço.
Pesquisadores da Universidade de Nova Gales do Sul descobriram que o planeta, que tem mais de quatro vezes a massa da Terra, é um dos três que orbitam a estrela-anã Wolf 1061.

"É uma descoberta particularmente animadora pois todos os três planetas têm uma massa baixa o bastante para serem potencialmente rochosos e de superfície sólida. E o planeta do meio, Wolf 1061c, está na zona (chamada de) 'Cachinhos Dourados', onde pode ser viável a existência de água em estado líquido - e talvez até vida", afirmou um dos autores do estudo, Duncan Wright.
A estrela-anã Wolf 1061, que os três planetas descobertos orbitam, é relativamente fria e estável. Os planetas têm orbitas de cinco, 18 e 67 dias.
As massas são pelo menos 1,4, 4,3 e 5,2 vezes a da Terra, respectivamente.
O planeta maior fica de fora do limite da área habitável e provavelmente também é rochoso, enquanto que o planeta menor está perto demais da estrela para ser habitável.
Gliese
Robert Wittenmyer, que também participou da pesquisa, disse à BBC Brasil que a descoberta da super-Terra é tão importante quanto à de outro planeta potencialmente habitável fora de nosso Sistema Solar, Gliese 667Cc.
Anunciado em fevereiro de 2012, o Gliese 667Cc é outro planeta da classe super-Terra, uma classe de planetas com o tamanho entre os de planetas rochosos como Terra e Marte e os gigantes gasosos Júpiter e Saturno.
O Gliese 667Cc tem cerca de 4,5 vezes a massa da Terra, demora 28 dias para completar a órbita em volta de sua estrela e está a 22 anos-luz.
 
A localização da estrela Wolf 1061 (Imagem: Universidade de Nova Gales do Sul)
 
Pequenos planetas rochosos são abundantes em nossa galáxia, e sistemas com muitos planetas também parecem ser comuns. No entanto, a maioria dos exoplanetas rochosos descobertos até agora estão a centenas - ou até milhares - de anos-luz.
Atmosfera
Wittenmyer afirmou à BBC Brasil que a equipe de cientistas só poderá analisar a atmosfera do planeta quando ele passar em frente à estrela.
"Vamos usar nosso telescópio Minerva para procurar por trânsitos em fevereiro, quando a estrela poderá ser observada de novo. Se (o planeta) transitar (em frente à estrela) será a melhor chance, pois (o sistema) está tão perto (da Terra)."
O cientista afirma que, caso eles consigam observar o planeta em trânsito em frente à estrela Wolf 1061, eles poderão medir seu raio, densidade e atmosfera.
A equipe da Universidade de Nova Gales do Sul conseguiu fazer a descoberta observando a estrela-anã com instrumentos específicos do Observatório Europeu do Sul em La Silla, no Chile.
"Nossa equipe desenvolveu uma nova técnica que melhora a análise de dados deste instrumento preciso, construído para a caça de planetas, e nós estudamos mais de uma década de observações da Wolf 1061", disse o professor Chris Tinney, chefe do setor de Ciência Exoplanetária da universidade australiana.
"Estes três planetas bem do nosso lado se juntam ao pequeno porém crescente grupo de mundos rochosos potencialmente habitáveis orbitando estrelas próximas mais frias que nosso Sol", acrescentou.
"É fascinante observar a vastidão do espaço e pensar que uma estrela tão próxima de nós - um vizinho próximo - pode ter um planeta habitável", afirmou Duncan Wright.
BBC Brasil.com 

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

El Niño "carregado" seguirá com mais força na América até meados de 2016

 
O fenômeno do El Niño, uma ameaça natural de grande poder destrutivo e cujas severas alterações no clima podem criar desde inundações até seca, voltou a aparecer neste ano no oceano Pacífico com uma intensidade que faz temer um impacto semelhante ao do período 1997-1998.
 Este fenômeno não é causado pela mudança climática, mas ficou comprovado que piorou por causa do aquecimento global, e por essa razão os meteorologistas concordam que o atual El Niño é ainda mais intenso e que se não forem tomadas medidas adequadas, as vítimas e os danos materiais ultrapassariam os números de 1997.
 Nessa época, o fenômeno climático causou inundações catastróficas na Califórnia (EUA) e em grande parte da América Latina que deixaram milhares de mortos, enquanto do outro lado do Pacífico fazia estragos na Indonésia, Austrália e Índia, além de afetar os cultivos de café em grande parte do mundo, o que derivou na alta do preço e as epidemias vieram à tona.
"Os impactos climáticos do El Niño em 2015-2016 serão amplificados pela variabilidade da década e do aquecimento global" e "em meio a condições de vulnerabilidade econômica, ambiental, social e política", disse a Organização Meteorológica Mundial.
Exemplo disto são as inundações em grande parte da capital paraguaia e na Amazônia peruana, além de afetar também o norte da Colômbia, onde os milhares de afetados não só se viram forçados a sair de suas casas, mas denunciaram desatenção por parte das autoridades.
A pior parte sobrou para a América Central, onde a seca é uma das mais severas das últimas décadas e já afeta 3,5 milhões de pessoas, além de, segundo as autoridades de El Salvador, Honduras, Nicarágua e Guatemala, à beira de uma crise de fome, as previsões indicarem que as chuvas chegarão através de La Ninã em maio de 2016.
Segundo o consenso dos modelos globais de prognóstico, o El Niño alcançou em novembro "sua máxima intensidade" que se estenderá até janeiro de 2016 e "sua declinação gradual ocorrerá durante o primeiro semestre de 2016", explicou o Centro Internacional para a Pesquisa do Fenômeno do El Niño (CIIFEN), com sede no Equador.
Dados desse centro em seu relatório deste mês indicam que está previsto que entre o que resta deste ano e o início de 2016, as maiores probabilidades de chuva ocorrerão no México, no litoral do Equador, no norte e noroeste do Peru, na região central e oriental do Paraguai, no sudeste de Brasil, no Uruguai e no norte da Argentina.
Por outro lado, na América Central, em grande parte da Venezuela, no norte da Colômbia, no nordeste e oriente do Brasil, na zona dos planos orientais na Bolívia e no norte do Chile ocorrerão menos precipitações, o que se traduz em seca.
Para os EUA, os cálculos da Administração Oceânica e Atmosférica (NOAA, por seu sigla em inglês) mostram que há uma probabilidade superior a 90% do El Niño se prolongar ao longo do inverno 2015-2016 do hemisfério norte e ao redor de 85% de que se estenderá até a primavera de 2016.
 Na Califórnia, um estado atingido fortemente por uma intensa seca que pode estender até o primeiro semestre do próximo ano, já são calculadas perdas de US$ 2,7 bilhões, grande parte no setor agrícola.
Além disso, mais de um terço da população de Porto Rico, de 3,5 milhões de habitantes, é afetada por severos planos de racionamento de eletricidade e água potável desde maio devido à seca que afeta a ilha.
Por outro lado, a ONU alertou sobre as consequências que este El Niño terá entre os países menores e, segundo dados da organização, "mais de 500 milhões de países menores vivem em zonas onde a probabilidade de ocorrer inundações é extremamente alta e 160 milhões residem em lugares onde as secas são extremamente graves".
"As consequências poderiam se estender durante gerações a menos que as comunidades afetadas recebam apoio", advertiu recentemente o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), que cifrou em 11 milhões as crianças que poderiam passar por crises de fome e sofrer com doenças como a malária, dengue, diarreia e cólera.
A conclusão, como recentemente apontou o secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial (OMM), Michel Jarraud, mostra a tendência de que os anos são mais quentes devido ao El Niño e os anos frios, coincidentes com o fenômeno inverso da "La Niña ", "também são mais quentes".
Por isso os especialistas sustentam que é muito possível que o ano 2016 seja ainda mais quente que 2015, justamente porque os efeitos do El Niño serão observados em toda sua amplitude nos primeiros meses do próximo ano.
Em outros oceanos ocorrem fenômenos similares ao El Niño, mas o impacto no Pacífico é mais dramático, já que é o maior oceano do planeta.

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Lama de Mariana destruiu 324 hectares de Mata Atlântica

Mapa da região de Mariana, Minas Gerais, mostra os remanescentes de Mata Atlântica destruídos pela lama da Samarco (Foto: SOS Mata Atlântica)
 
Passadas algumas semanas do rompimento da barragem de rejeitos da mineradora Samarco – pertencente à Vale e à BHP Billiton – ainda estamos longe de dimensionar as reais consequências dessa tragédia. Os impactos humanos e sociais são imensuráveis, mas para alguns outros aspectos começamos a encontrar as primeiras respostas, como o quanto de vegetação nativa da Mata Atlântica foi destruída diretamente pela lama. 
Uma análise de imagens de satélite do antes (25 de setembro) e depois (12 de novembro) mostra que a lama de rejeitos impactou uma área de 1.775 hectares (ha), ou 17 km2, em cinco municípios mineiros – Mariana, Barra Longa, Rio Doce, Santa Cruz do Escalvado e Ponte Nova. A maior parte dessas áreas já eram alteradas por pasto, agricultura ou ocupação humana. Mas a lama atingiu também importantes trechos de vegetação nativa, destruindo pelo menos 324 ha de Mata Atlântica. Em Mariana, foram 236 ha de remanescentes florestais e 85 ha de vegetação natural (porte arbóreo com menor grau de conservação existente nas margens dos rios). Outros 3 ha de vegetação natural foram destruídos em Barra Longa.
A região analisada corresponde à área a partir da barragem de Bento Rodrigues, onde ocorreu o rompimento, até a represa da Usina Candonga (UHE Risoleta Neves), no município de Rio Doce. Isto porque a usina absorveu o impacto da onda de lama que afetou a área do entorno dos rios. Após a represa, o impacto foi no leito do rio, na qualidade da água e no deslocamento de sedimentos, não havendo remoção de vegetação nas margens dos rios, ou ao menos na escala do estudo, que considerou áreas com no mínimo 1 há.
O levantamento é da Fundação SOS Mata Atlântica, em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e a empresa de geotecnologia Arcplan. A análise teve como base o “Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica”, desenvolvido anualmente por essas organizações, com patrocínio do Bradesco Cartões, e que utiliza a tecnologia de sensoriamento remoto e geoprocessamento para monitorar remanescentes acima de 3 ha. Neste estudo, para termos um exame mais detalhado, avaliamos fragmentos de vegetação nativa e áreas naturais acima de 1 ha. 
O rompimento da barragem afetou um total de 679 km de rios, sendo 114 km entre a barragem até a usina de Candonga – 12 km do Rio Doce, 28 km do Rio Carmo, 69 km do Rio Gualaxo do Norte, 3 km do córrego Santarém e 2 km do afluente do córrego Santarém –, área analisada pelo estudo, e mais 564 km do rio Doce desde a usina até a sua foz, em Linhares, no Espírito Santos. Agora, uma equipe da Rede das Águas da Fundação SOS Mata Atlântica, em parceria com outras organizações e também parceiros locais, está em expedição pelo rio Doce para coletar sedimentos para análises e monitorar a qualidade da água impactada pela lama e rejeitos de minérios. Em breve, divulgaremos dados e um relato da expedição.
Para além da vegetação que desapareceu e as áreas que foram encobertas pela lama, nos preocupa todo o desequilíbrio ambiental derivado dessa tragédia. A biodiversidade regional, os recursos naturais e os serviços ambientais de toda essa região estão comprometidos, um dano incalculável para o bioma Mata Atlântica, nosso Patrimônio Nacional.
Por fim, esse rastro de degradação reflete também as trágicas consequências do desmonte gradativo da legislação ambiental brasileira e da sua não aplicação. Precisamos, portanto, mobilizar governos e sociedade a empregar esforços para o aprimoramento das políticas ambientais, a proteção das florestas nativas, a recuperação dos ambientes degradados e o aperfeiçoamento de mecanismos de controle de atividades empresariais com grandes impactos ao meio ambiente. É urgente e uma ação preventiva para evitar que mais tragédias aconteçam.
Época.com

Temperatura do ar no Ártico atinge seu maior nível desde 1900

 
A temperatura do ar no Ártico atingiu um recorde este ano, enquanto que o derretimento das calotas polares tem destruído o habitat das morsas e obrigado alguns peixes a migrar mais para o norte, de acordo com um relatório divulgado nesta terça-feira.
A temperatura do ar Ártico foi de 1,3 graus Celsius acima do nível médio e atingiu o seu "mais alto nível desde que os registros começaram em 1900", informa o Arctic Report Card 2015, publicado pela Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA).
O gelo também atingiu sua área máxima anual em 25 de fevereiro, duas semanas mais cedo do que o habitual, formando "a extensão a mais baixa desde que os registros começaram em 1979".
"O Ártico está se aquecendo duas vezes mais rápido que outras partes do mundo, e isso tem consequências para a segurança global, clima, comércio e trocas", explicou o cientista-chefe da NOAA, Rick Spinrad, em comunicado.
A temperatura média do ar em um ano, a partir de inquéritos tomadas entre outubro de 2014 e setembro de 2015, teve um aumento de 3°C desde o início do século 20.
Cerca de 70 autores de 10 países participaram neste trabalho, liderados por pesquisadores da Marinha dos Estados Unidos (Office of Naval Research), do laboratório de regiões frias do Exército dos Estados Unidos (US Army Corps of Engineers' Cold Regions Research and Engineering Laboratory) e a NOAA.
A extensão mínima de gelo, medida no fim do verão, em 11 de setembro, é a quarta mais baixa registada desde 1979.
A neve também caiu no Ártico, onde cai 18% a cada década desde 1979.
Este ano a Groenlândia teve um derretimento excepcional depois de um anterior, em 2012, o que fez o país perder mais de metade da sua superfície.
No entanto, "o avanço de nove geleiras relativamente grandes faz com que a perda líquida anual de gelo seja baixa, de 16,5 quilômetros quadrados".
Este derretimento tem permitido que mais luz solar penetre a superfície do oceano, gerando fotossíntese e proliferação das algas.
"Um crescimento notável e extenso de fitoplâncton foi observado em 2015 no Oceano Ártico ao longo da plataforma continental, incluindo as águas ao sudoeste e leste da Gronelândia, no mar de Bering entre o Alasca e a Rússia e no Mar de Barents, de Kara e dos Laptev, ao norte da Rússia", disse o relatório.
Este aquecimento afeta muito a vida das morsas e dos peixes na área.
"A diminuição do gelo marinho muda radicalmente o habitat das morsas, grandes mamíferos marinhos que normalmente usam o gelo para acasalar, parir, encontrar comida e proteção contra predadores ou tempestades", apontou o relatório.
"Nos últimos anos, muitas morsas foram obrigadas a rastejarem até encontrarem terra firme no noroeste do Alasca. Esse comportamento, observado por via aérea, criou a superlotação que gerou tumultos, matando focas bebês, e tornou a busca por alimentos ainda mais difícil".
Os peixes também são afetados pelo aquecimento global. Os cientistas identificaram "um movimento em direção ao norte de espécies de peixes sub-árticos (sul da região do Ártico), como o bacalhau, o cantarilho ou a solha".
Sua migração traz desafios em termos de sobrevivência para os pequenos peixes do Ártico que agora estão enfrentando novos predadores.
IstoÉ.com

Nave Soyuz com três astronautas se acopla manualmente à ISS

O foguete Soyuz-FG decola com a TMA-18M Soyuz, nave espacial que acoplará à ISS levando os cosmonautas Aydyn Aimbetov (Cazaquistão), Sergei Volkov (Rússia) e o astronauta Andreas Mogensen (Dinamarca) (Foto: Dmitry Lovetsky / AP Photo)
 
A nave espacial Soyuz, com três astronautas à bordo, se acoplou "manualmente" à Estação Espacial Internacional (ISS) nesta terça-feira, seis horas após ter decolado do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão.
 
Resultado de imagem para fotos da nave soyuz se  acoplando à ISS
 
Os três astronautas, Timothy Peake - primeiro britânico a viajar à ISS - o norte-americano Tim Kopra e o russo Yuri Malenchenko, comandante da nave, tiveram que realizar a manobra de forma "manual" devido a uma "disfunção do modo automático", disse à AFP a assessoria de imprensa da agência espacial russa Roskosmos.
Depois, tudo "ocorreu normalmente", afirmou. A nave se acoplou à ISS às 15h33 (de Brasília), dez minutos após a hora prevista.
 
 
Ainda devem ser feitas várias manobras para poder abrir a escotilha que conecta a nave Soyuz TMA-19M à ISS. A abertura estava programada para as 17h30.
A nave russa Soyuz TMA-19M decolou de Baikonur às 09H03 (de Brasília) para uma missão de seis meses.
Para o russo Malenchenko é a sexta viagem ao espaço, enquanto Timothy Peake, um ex-piloto de helicóptero de 43 anos, será o primeiro britânico a viajar para a Estação Espacial Internacional.
"Foi ótimo ver Tim Peake voar até a Estação Espacial Internacional", disse com entusiasmo primeiro-ministro britânico, David Cameron, no Twitter.
A nave Soyuz TMA-19M permanecerá 173 dias acoplada à ISS. Em 5 de junho de 2016, devolverá à Terra os três astronautas.
Dezesseis países participam da ISS, posto avançado e laboratório colocado em órbita em 1998, que custou um total de 100 bilhões de dólares, a maior parte financiados por Rússia e Estados Unidos.