Muitos produtos começaram a aparecer nas prateleiras do Brasil com a inscrição "sem parabenos" nas embalagens.
Conhecidos pela capacidade de conservar cosméticos e, até mesmo, alimentos, os parabenos vêm sendo questionados. Mesmo sem comprovação dos danos que essas substâncias poderiam causar à saúde e ao ambiente, muitas empresas optaram por produzir seus produtos sem elas.
A função do conservante é permitir que os produtos fiquem por um tempo determinado sem a invasão de fungos, microorganismos ou a possibilidade de infecções. Pouco se fala no nome científico dessas substâncias e em possíveis implicações no corpo humano e no planeta. Isso mudou quando um estudo colocou em xeque a ação de um dos conservantes mais usados em cosméticos e difundidos no mundo afora: os parabenos.
A polêmica começou nos Estados Unidos em 2004 e rapidamente chegou à Europa. Apenas recentemente, muitos brasileiros passaram a encontrar produtos com a indicação "livre de parabenos" em alguns rótulos.
Publicada no Journal of Applied Toxicology, uma pequisa que detectou seus malefícios para a saúde foi suficiente para que empresas e consumidores passassem a temer o conservante.
Mesmo sem uma definição dos cientistas, sobre os malefícios, muitas empresas optaram por parar de utilizar os parabenos em seus cosméticos. Enquanto a FDA afirma que não há motivo para que os consumidores se preocupem com o uso dos parabenos em cosméticos, a ideia das empresas é a prevenção. Mesmo sem consenso, muitas deixam de utilizar e, em muitos casos, expõem na embalagem o selo " Parabens free" ou "Sem parabenos".
Marcas que possuem apelo ecológico, também fazem parte da decisão de dizer não aos parabenos - como são derivados do petróleo eles estão retirando as substâncias não-renováveis dos produtos.
No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) permite uma concentração máxima de 0,8% de parabenos em misturas e de 0,4% quando os parabenos são o único conservante utilizado.
Produtos que podem usar o conservante: cremes para o corpo e o rosto, xampu, desodorante tipo rolon, maquiagem, pasta de dente, creme de barbear e remédios.
A vice-presidente da Associação Brasileira de Cosmetologia, Vânia Leite, diz que há outras questões muito importantes que também precisam estar na cabeça dos consumidores para evitar problemas de saúde e danos ao planeta.
O cuidado básico indicado por ela é ler o rótulo dos cosméticos, estar atento ao prazo de validade indicado pelo fabricante e se os cosméticos vencidos são prejudiciais ao homem, eles também afetam a natureza. Dessa forma, quando descartados em locais inadequados, podem alterar o PH da água e, em grande quantidade, desequilibrar ecossistemas. O descarte ideal é o mesmo dos medicamentos: aterros sanitários ou o lixo orgânico.
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