Peças de maior exposição sobre o Rei da Macedônia revelam o luxo e a riqueza que cercavam a família e os poderosos dos tempos do lendário general.
Entre o começo deste mês e o final de agosto, o museu Ashmolean, na cidade inglesa de Oxford, apresenta uma exposição que vem sendo considerada uma das mais imortantes de todos os tempos por especialistas e historiadores. A mostra "De Hércules a Alexandre, o Grande" - "um reino helênico na era da democracia" - reúne material coletado nos sítios arqueológicos de Vergina, pequena cidade serrana no norte da Grécia, situada próxima ao local original da capital Macedônia.
A curadora da mostra, Angeliki Kottaridi, é também a responsável pelas escavações, que começaram a revelar seus tesouros há cerca de 30 anos. No entanto, apenas uma fração do cemitério e do gigante palácio do rei Felipe II, pai de Alexandre, foi escavado até agora. Segundo o historiador britânico Robin Lane Fox, já seria o suficiente para fazer com que o Palácio de Buckingham, em Londres, se pareça com um casebre de campo.
O cemitério contém cerca de 500 covas, entre elas, os supostos túmulos da família real: além de Felipe II, acredita-se que ali estejam enterrados Alexandre IV da Macedônia, filho assassinado de Alexandre, o Grande e Roxana, e Felipe III da Macedônia, meio-irmão do lendário general. No entanto, os restos do conquistador não devem ser encontrados nas escavações porque o monarca morreu durante sua campanha de expansão territorial pela Pérsia e pela Ásia.
Os túmulos foram encontrados praticamente intactos e trazem resquícios da influência de Alexandre na cultura grega, como a introdução de elementos decorativos asiáticos e egípcios nos pisos e inscrições, além de mosaicos e peças trabalhadas em bronze, prata e ouro como jarros e cetros. Um dos destaques da mostra é a tradicional coroa de louros da rainha - um diadema de ouro representando flores e folhas de murta e carvalho.
As escavações no palácio do rei da Macedônia prometem revelar detalhes inacreditáveis sobre a vida na corte. Foram encontrados até 16 salões para banquete que comportariam mais de 400 convidados, acomodados em sofás duplos. Outros 3.500 comensais poderiam ser instalados na corte da então capital do Reino Macedônio, Aegae.
O sucesso da exposição na Europa lança também as bases para a possível construção de um museu permanente. A Grécia, que vive um momento econômico extremamente delicado, pode vir a abrigar na Inglaterra um espaço inteiramente dedicado à história da Macedônia.
Os planos não são imediatos, afinal, as escavações ainda seguem, com o apoio da Universidade de Oxford e da Universidade Aristotélica Salônica, na Grécia.
Fonte: Isto É.com
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