Enquanto muitos setores ainda engatinham na área da sustentabilidade, a Química encarou com entusiasmo o desafio de tornar-se mais verde.
Desde a década de 1970, um novo conceito tem trabalhado para mudar as ações no setor e, também, a ideia que se faz dele. Os pesquisadores americanos Paul Anastas e John Warner foram pioneiros, criando princípios que envolvem a otimização de recursos e a prevenção à poluição e, desta forma, levaram ao desenvolvimento do termo Green Chemistry, Química Verde em português.
Em um ano dedicado a celebrar as descobertas e avanços da Química - por definição das Nações Unidas, 2011, Ano Internacional da Química - a vanguarda do setor na redução de impacto pode ganhar ainda mais força.
O que Anastas e Warner propõem é uma nova filosofia de como se fazer química.
- Usar matéria-prima de fonte renovável, substituir solventes de substâncias tóxicas e reduzir a produção dos resíduos estão entre as principais ações.
A Química Verde é tida por especialistas como um método mais eficaz e, acima de tudo, inteligente de trabalho no setor. A grande ambição - que ganhou espaço em universidades e em empresas nos últimos 10 anos - é alcançar a prevenção, com mais eficiência e menos resíduos. Talvez por isso o setor está sendo elogiado por encarar a sustentabilidade de forma elaborada e ampla, mudando atitudes, produzindo com mais cuidado e menos risco, tanto para a saúde humana quanto para o planeta. Mesmo assim, nem sempre é fácil especificar o que é e o que não é Química Verde. Mas quando o foco é métodos alternativos e o reaproveitamento para o cuidado com a água, por exemplo, o tratamento e o reuso, da água usada é necessário passar por processos químicos seguros. Outro exemplo: no processo de descafeinização do café ( remoção da cafeína) são usados solventes. Era comum utilizar hidrocarbonetos de origem não renovável (petróleo) ou solventes contendo cloro. Em busca de substitutos mais seguros e com menos impacto passaram a utilizar o CO2 super crítico (um tipo de CO2).
Portanto, a Química Verde se propõe desenvolver produtos seguros e eficientes, usar matérias-primas de fontes renováveis, evitar derivados desnecessários, uso de catálise no lugar de reagentes, desenvolver produtos degradáveis e eficientes, redução da toxidade de reagentes e produtos usados nas reações químicas, entre outros...
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